Dados do Trabalho
Título
AUMENTO DA TRANSMISSÃO DE DENGUE NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2022, ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Objetivo(s)
Descrever o aumento da transmissão dos casos de dengue no estado do Rio de Janeiro durante o primeiro semestre de 2022.
Material e Métodos
Analisou-se o perfil epidemiológico da transmissão de dengue através da curva semanal da incidência de casos, descrição do perfil segundo sexo e faixa etária, distribuição espacial dos casos e sorotipo circulante. Utilizou-se dados das bases do SINAN e GAL, com elaboração do diagrama de controle estadual, mapa de incidência de casos por município/região de saúde e circulação viral. Os softwares Qgis versão 3.14.15, Excel versão 2205 e R versão 4.1.2 foram utilizados.
Resultados e Conclusão
Durante as semanas epidemiológicas um a 24 de 2022 (2 de janeiro a 18 de junho de 2022) foram notificados 7.708 casos de dengue no estado (incidência acumulada de 44,4 casos por 100 mil habitantes), correspondendo a um aumento de 287,3% casos em relação ao mesmo período de 2021. A incidência semanal de casos no estado se manteve abaixo da média móvel esperada no diagrama de controle, se aproximando da curva da média semanal na semana epidemiológica 19 (8 a 14 de maio), registrando o pico da transmissão. A maioria dos casos ocorreu em mulheres (4.245 ou 55,1%) e em pessoas com idade entre 20 e 39 anos (2.883 ou 37,4%) e 40 a 59 anos (1.873 ou 24,3%). Nove municípios apresentaram incidência acumulada acima de 300 casos por 100 mil habitantes, sendo 6 deles (66,7%) localizados na região Noroeste, a que apresentou maior incidência acumulada (335,7 casos por 100 mil habitantes) em comparação com as demais. Houve detecção do sorotipo circulante na maioria (51 ou 55,4%) dos municípios do estado, sendo que o sorotipo DENV-2 predominou nos municípios da região Noroeste e, no estado, até o mês de abril. A partir de maio, o DENV-1 passou a predominar no estado. Conclusão: Portanto, observou-se aumento importante na transmissão de dengue no estado em 2022, em relação ao mesmo período de 2021, entretanto, a região Noroeste destacou-se por concentrar municípios com as incidências mais elevadas e que ultrapassaram o limite superior esperado de casos semanais. Apesar do predomínio do DENV-1 a partir de maio, o sorotipo DENV-2 foi predominante no estado desde janeiro até abril, uma vez que a última epidemia com preponderância desse sorotipo ocorreu em 2008 no estado, há um contingente de população susceptível aumentando o risco de epidemia para o próximo ano.
Palavras-chave
dengue, perfil epidemiológico, vigilância.
Área
Eixo 08 | Arboviroses
Categoria
(Concorra com apenas um trabalho) Concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador - Mestrado
Autores
Paula Maria Pereira de Almeida, Ana Paula da Costa Resendes, Cristina Maria Giordano Dias, Cristina Freire da Silva, Eduardo Mesquita Peixoto, Aline Maria Pereira de Almeida, Maíra Mendonça da Rocha, Paula Rita Dias de Brito Carvalho, Shenon Bia Bedin, Luciane de Souza Velasque, Silvia Cristina de Carvalho