57º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical

Dados do Trabalho


Título

PERFIL DA MORTALIDADE POR TUBERCULOSE NA REGIÃO DE SAÚDE METROPOLITANA I, DO ESTADO DO PARÁ

Introdução

A tuberculose (TB) é uma doença infectocontagiosa que, apesar da redução nas taxas de incidência e de mortalidade, continua sendo um importante problema de saúde pública no Brasil e no Mundo. O Pará pertence ao grupo de estados prioritários para o combate da TB, tendo em vista seus deficientes indicadores sociais e econômicos que contribuem para o número de casos.

Objetivo(s)

Analisar o perfil epidemiológico da mortalidade por tuberculose, na região metropolitana I de saúde do estado do Pará, no período de 2016 a 2020.

Material e Métodos

Trata-se de um estudo quantitativo, observacional e descritivo. Para a coleta dos dados foi utilizado o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), tabulado pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Foi feita uma análise descritiva dos óbitos por tuberculose na região metropolitana I de saúde do Pará – que integra a macrorregião de saúde I – usando como indicador a taxa de mortalidade por tuberculose, no período de 2016 a 2020.

Resultados e Conclusão

No período estudado, foram notificados 745 óbitos por TB na macrorregião I, sendo 123 (2016), 162 (2017), 138 (2018), 154 (2019) e 168 (2020). Além disso, os números mais expressivos se encontraram no sexo masculino e na faixa etária de 40 a 79 anos, correspondendo a 508 (68,1%) e 392 (52,6%) dos óbitos registrados, respectivamente. Ao analisar os dados de mortalidade por TB ocorridos em todas as regiões de saúde da macrorregião I, a região denominada metropolitana I apresenta a maior frequência (85,5% - 637/745) de mortalidade, predominando no sexo masculino e na faixa etária de 30 a 79 anos, com 432 (67,8%) e 523 (82,1%) óbitos, respectivamente. Ademais, a taxa de mortalidade dessa região de saúde, se apresentou de forma crescente ano após ano em toda a série estuda: 4,86/100 mil habitantes (2016), 6,38/100 mil habitantes (2017), 5,37/100 mil habitantes (2018), 6,1/100 mil habitantes (2019) e 6,52/100 mil habitantes (2020), indicando ser um sério problema de saúde pública. A identificação das áreas territoriais prioritários para o desenvolvimento de controle e de vigilância da doença evidenciados neste estudo, poderão auxiliar a gestão pública no desenvolvimento de ações interinstitucionais visando a redução das iniquidades em saúde e permitir uma otimização dos recursos a serem utilizados no controle de doenças tidas como prioritárias envolvendo inclusive a escolha de estratégias e intervenções específicas direcionadas às populações mais vulneráveis.

Palavras-chave

Tuberculose; Mortalidade; Doença Infecciosa.

Área

Eixo 13 | Tuberculose e outras micobactérias

Autores

Emerson André Negrão do Nascimento, Beatriz Belém Lima, Eduarda Gemaque, Júlia Belém Lima, Laura Thays dos Santos Cordeiro, Luiz Henrique Frota de Oliveira Zanol, Waltair Maria Martins Pereira