Dados do Trabalho
Título
PERFIL DA MORTALIDADE POR TUBERCULOSE NA REGIÃO DE SAÚDE METROPOLITANA I, DO ESTADO DO PARÁ
Introdução
A tuberculose (TB) é uma doença infectocontagiosa que, apesar da redução nas taxas de incidência e de mortalidade, continua sendo um importante problema de saúde pública no Brasil e no Mundo. O Pará pertence ao grupo de estados prioritários para o combate da TB, tendo em vista seus deficientes indicadores sociais e econômicos que contribuem para o número de casos.
Objetivo(s)
Analisar o perfil epidemiológico da mortalidade por tuberculose, na região metropolitana I de saúde do estado do Pará, no período de 2016 a 2020.
Material e Métodos
Trata-se de um estudo quantitativo, observacional e descritivo. Para a coleta dos dados foi utilizado o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), tabulado pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Foi feita uma análise descritiva dos óbitos por tuberculose na região metropolitana I de saúde do Pará – que integra a macrorregião de saúde I – usando como indicador a taxa de mortalidade por tuberculose, no período de 2016 a 2020.
Resultados e Conclusão
No período estudado, foram notificados 745 óbitos por TB na macrorregião I, sendo 123 (2016), 162 (2017), 138 (2018), 154 (2019) e 168 (2020). Além disso, os números mais expressivos se encontraram no sexo masculino e na faixa etária de 40 a 79 anos, correspondendo a 508 (68,1%) e 392 (52,6%) dos óbitos registrados, respectivamente. Ao analisar os dados de mortalidade por TB ocorridos em todas as regiões de saúde da macrorregião I, a região denominada metropolitana I apresenta a maior frequência (85,5% - 637/745) de mortalidade, predominando no sexo masculino e na faixa etária de 30 a 79 anos, com 432 (67,8%) e 523 (82,1%) óbitos, respectivamente. Ademais, a taxa de mortalidade dessa região de saúde, se apresentou de forma crescente ano após ano em toda a série estuda: 4,86/100 mil habitantes (2016), 6,38/100 mil habitantes (2017), 5,37/100 mil habitantes (2018), 6,1/100 mil habitantes (2019) e 6,52/100 mil habitantes (2020), indicando ser um sério problema de saúde pública. A identificação das áreas territoriais prioritários para o desenvolvimento de controle e de vigilância da doença evidenciados neste estudo, poderão auxiliar a gestão pública no desenvolvimento de ações interinstitucionais visando a redução das iniquidades em saúde e permitir uma otimização dos recursos a serem utilizados no controle de doenças tidas como prioritárias envolvendo inclusive a escolha de estratégias e intervenções específicas direcionadas às populações mais vulneráveis.
Palavras-chave
Tuberculose; Mortalidade; Doença Infecciosa.
Área
Eixo 13 | Tuberculose e outras micobactérias
Categoria
(Concorra com apenas um trabalho) Concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador - Graduado
Autores
Emerson André Negrão do Nascimento, Beatriz Belém Lima, Eduarda Gemaque, Júlia Belém Lima, Laura Thays dos Santos Cordeiro, Luiz Henrique Frota de Oliveira Zanol, Waltair Maria Martins Pereira