57º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical

Dados do Trabalho


Título

Espacialização da COVID-19 no estado do Rio de Janeiro: Incidência, hospitalização, letalidade e mortalidade, janeiro a junho de 2022.

Introdução

A COVID-19 é uma infecção respiratória causada pelo vírus SARS-CoV-2, pertencente à classe dos coronavírus. Em 30 de Janeiro, a OMS declarou a doença como um problema de saúde pública e em 11 de março, uma pandemia.

Objetivo(s)

Descrever a distribuição dos indicadores epidemiológicos de incidência, taxa de hospitalização, letalidade e mortalidade para o estado do Rio de Janeiro até a 24ª semana epidemiológica de 2022.

Material e Métodos

Foram utilizados os dados do ESUS-VE e SIVEP-Gripe, extraídos do TABNET, contendo número de casos confirmados, internações e óbitos por semana de notificação, para cada município e região de saúde de residência do estado do Rio de Janeiro até a 24ª semana epidemiológica de 2022. Foram calculados: incidência (casos/100.000hab), taxa de hospitalização (internações por SRAG COVID-19/Casos confirmados de COVID-19), letalidade (óbitos por COVID-19/ casos confirmados de COVID-19) e mortalidade (óbitos por COVID-19/100.000hab). Foi utilizada a quebra natural de jenks, que maximiza as diferenças entre as classes.

Resultados e Conclusão

No ano de 2022, a incidência variou de 202 a 11.150 casos/100.000 hab entre os municípios, sendo que as maiores incidências estão nas regiões Noroeste e Serrana, além do Rio de Janeiro, na Metropolitana I. Dos 92 municípios, 70 apresentam taxas de hospitalização de até 3%. As baixas taxas de hospitalização foram atingidas devido ao avanço da vacinação no estado. A maior taxa de letalidade observada foi de 15,79% no município de São Sebastião do Alto, 45 municípios apresentam letalidade de até 0,47% e 29, de 0,52 a 1,2%. As maiores mortalidades estão registradas nas regiões de saúde Norte, Serrana, Metropolitana II, Noroeste, Centro-Sul e parte da Médio Paraíba, somando 33 municípios.
A análise descritiva não indica a existência de padrão espacial pois os municípios apresentam padrões diferentes para cada um dos indicadores calculados, além do comportamento diferente entre municípios vizinhos. Apenas os indicadores de taxa de hospitalização e letalidade apresentam distribuição espacial semelhante entre os municípios, isto se deve ao fato de apenas os casos graves necessitarem de hospitalização.
O acompanhamento dos indicadores do território permanece de extrema importância para a identificação do cenário diante de possíveis novas ondas de transmissão, como a vivida nas primeiras semanas epidemiológicas do ano de 2022 em função da chegada da variante Ômicron.

Palavras-chave

COVID-19, geoprocessamento, indicadores

Área

Eixo 09 | COVID-19

Autores

Maíra Mendonça da Rocha, Gabriela da Cunha Nazário, Eduardo Mesquita Peixoto, Paula Maria Pereira de Almeida, Aline Maria Pereira de Almeida, Paula Rita Dias de Brito Carvalho, Shenon Bedin, Cristina Freire da Silva, Silvia Cristina de Carvalho Cardoso, Luciane de Souza Velasque