57º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical

Dados do Trabalho


Título

Influência da vacinação contra COVID-19 na evolução dos casos dos residentes no estado do Rio de Janeiro, de janeiro a junho de 2022.

Introdução

As vacinas reduzem cerca de 2,5 milhões de morte no mundo, além disso, é uma das medidas mais econômicas para controle de doenças infecciosas. Em 19 de janeiro de 2021 foi iniciada a campanha nacional de vacinação contra COVID-19, as vacinas são ofertadas gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde à toda população.

Objetivo(s)

Analisar a influência da imunização contra COVID-19 na evolução para óbito dos casos de pacientes residentes no estado do Rio de Janeiro entre 01 de janeiro e 18 de junho de 2022.

Material e Métodos

Foi utilizado o banco de dados SIVEP-Gripe, contendo todos os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave notificados no estado do Rio de Janeiro. Deste banco, foram selecionados apenas os pacientes com diagnóstico de COVID-19, residentes no estado do Rio de Janeiro. A informação sobre população vacinada foi obtida no TABNET. Foram calculadas as razões de taxa de uso de UTI e de mortalidade de acordo com o status vacinal: Não vacinado/1 dose; 2 doses, e ; Reforço.

Resultados e Conclusão

A taxa de uso de UTI para pacientes não vacinados/1 dose, classe de referência, foi 368,55 a cada 1.000 internações, para 2 doses foi de 345,16 e para reforço foi 304,28. A razões de taxa foram 0,94 (0,87-1,01) para pacientes com 2 doses e 0,83 (0,75-0,91) para pacientes que já haviam tomado a dose de reforço. A dose de reforço se apresenta como fator de proteção, o paciente com a dose de reforço tem 17% a menos de probabilidade de precisar ser internado em um leito UTI.
Para a mortalidade por 100.000 habitantes, esses números são de 108,27 para não vacinados/1dose, 23,40 para 2 doses e 13,26 para reforço. A razão de taxas para pacientes com 2 doses é 0,22(0,20-0,23) e para pacientes com reforço, 0,12 (0,11-0,13), ou seja, pessoas com 2 doses da vacina tem 78% a menos de risco e pessoas com a dose de reforço apresentam 88% a menos de risco de irem a óbito por COVID-19 do que pessoas não vacinadas/1dose.
O esquema vacinal completo com 2 doses e o esquema vacinal acrescido da dose de reforço são importantes fatores de proteção para os pacientes internados por SRAG por COVID-19 em relação ao uso de UTI e para a população em geral em relação à evolução para óbito.

Palavras-chave

COVID-19, razão de taxas, mortalidade

Área

Eixo 09 | COVID-19

Autores

Maíra Mendonça da Rocha, Gabriella da Cunha Nazário, Eduardo Mesquita Peixoto, Paula Maria Pereira de Almeida , Paula Rita Dias de Brito Carvalho, Aline Maria Pereira de Almeida, Shenon Bedin, Cristina Freire da Silva, Silvia Cristina de Carvalho Cardoso , Luciane de Souza Velasque