Dados do Trabalho

Título

Perfil antropométrico dos indígenas Parakanã Orientais, no Estado do Pará

Introdução

A presença de doenças crônicas não transmissíveis em indígenas brasileiros se deve a mudanças na subsistência, dieta e sedentarismo, associadas a mudanças socioculturais e econômicas em face do contato com não indígenas. Casos de obesidade começaram a ser relatados no final dos anos 90. Mas hoje são observadas prevalência elevadas em vários povos indígenas (Xavante, Kaingang e Guarani e Xikrin do Cateté).

Objetivo(s)

Descrever a prevalência de alterações nutricionais por meio do índice de massa corporal (IMC) e da circunferência da cintura (CC) em indígenas da etnia Parakanã.

Material e Métodos

Dados antropométricos foram obtidos de 116 indígenas adultos (idade ≥ 20 anos), 64% dos quais mulheres, no período de 01 a 31/06/2022, no curso de ação de saúde realizada pela UFPA (LGHM e LABVIR), em colaboração com a SESPA e DSEI-GUATOC. O IMC foi classificado por critérios da OMS e circunferência da cintura <90 cm em homens e <80 cm em mulheres foi considerada normal.

Resultados e Conclusão

A prevalência global excesso de peso foi de 36,2% (sobrepeso, 26,7%, e obesidade, 8,6%), similar em homens e mulheres. Obesidade abdominal foi encontrada em 50,0% da população e foi mais comum nas mulheres (63,9% versus 29,3%, p = 0,001). A prevalência de excesso de peso nos Parakanã Orientais é menor do que a observada para adultos urbanos brasileiros (36,2% versus 40,2%), assim como a prevalência de obesidade (8,6% versus 22,9%) e de obesidade central (50,0% versus 80,7%). Os Parakanã Orientais ainda não foram impactados no estilo de vida e no hábito alimentar pelo contato com a sociedade não indígena.

Palavras-chave

IMC, Indígenas, Parakanã.