Dados do Trabalho

Título

ESTUDO MOLECULAR DE PATÓGENOS EMERGENTES E REEMERGENTES NO DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL COM ARBOVIROSES NO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL

Introdução

A emergência de arboviroses em locais vulneráveis representa um potencial desafio para a Saúde Pública no Brasil, em muitos aspectos. A população brasileira encontra-se exposta à infecção por Dengue, Chikungunya, Oeste do Nilo e Zika. Além dos arboviroses, outras doenças com similaridade de sintomas também estão circulando, como é o caso do sarampo, rubéola, parvovírus B19, entre outras e da mesma forma são subdiagnosticadas por falta, entre outros fatores, da implantação de testes diagnósticos específicos na rotina laboratorial.

Objetivo(s)

Objetivou-se avaliar a ocorrência de patógenos em amostras encaminhadas ao Laboratório Central de Saúde Pública do Mato Grosso do Sul (LACEN-MS) com a suspeita clínica inicial de dengue, zika ou chikungunya, apresentando resultados negativos para esses vírus, por meio de um novo fluxograma de diagnóstico diferencial para outros agentes infecciosos.

Material e Métodos

O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa em humanos da Universidade Católica Dom Bosco, Número do Parecer:54054019821.2.0000.5162. Trata-se de um estudo retrospectivo e prospectivo, descritivo, baseado em análise molecular para parvovírus B19, vírus Oropouche e vírus Mayaro em amostras biológicas de casos suspeitos, porém negativas, para dengue, zika e chikungunya no estado de Mato Grosso do Sul, no período de 2017 a 2022. As amostras armazenadas no freezer a -30°C foram submetidas à extração de RNA e DNA. A detecção por RT- qPCR e qPCR foi realizada com protocolos validados pelas Instituições parceiras Fiocruz Amazônia.

Resultados e Conclusão

O RNA dos vírus Oropouche e Mayaro não foi amplificado em nenhuma das amostras humanas testadas. O DNA de Parvovírus B19 foi amplificado em 83 (11,1%) das 748 amostras humanas testadas. No LACEN-MS há muitas amostras, recebidas com suspeita clínica de arbovírus, que mesmo após a pesquisa dos vírus dengue, Zika e chikungunya ficam sem o diagnóstico laboratorial confirmado. Portanto, surge o questionamento sobre os agentes patógenos responsáveis pela manifestação de sinais e sintomas similares, dificultando o diagnóstico clínico no serviço de saúde e, que podem estar circulando na população. Faz-se necessário, portanto, fortalecer e integrar as vigilâncias epidemiológica e laboratorial, a fim de direcionarmos métodos de controle e prevenção contra essas doenças no estado de Mato Grosso do Sul e em todo o país uma vez que a população está susceptível a vários desses patógenos.

Palavras-chave

arboviroses, diagnóstico diferencial, parvovírus B19, vírus Oropouche e vírus Mayaro.