Dados do Trabalho

Título

Prevalência da obesidade nos óbitos em adultos jovens e maduros com COVID-19 em municípios das Microrregiões de Saúde de Belo Horizonte/Nova Lima/Caeté, Betim, Contagem, Ouro Preto e Vespasiano de Minas Gerais, 2020-2021

Introdução

O Ministério da Saúde do Brasil declarou emergência em saúde pública pela infecção do novo Coronavírus em 3 de fevereiro 2020.Desde então, o vírus apresentou uma taxa de incidência crescente com ondas de transmissão no Brasil. Os idosos evoluíram com maior gravidade, sendo que mais do que 80% dos óbitos ocorreram em pessoas com idade superior a 65 anos e mais de 95% dos óbitos de COVID-19 ocorrem em pessoas com mais de 45 anos. Entretanto o risco aumenta em adultos de qualquer idade que possuem comorbidades e podem evoluir com complicações com a infecção pelo SARSCOV-2, incluindo a obesidade. Diante do exposto há necessidade de se conhecer o impacto da obesidade na mortalidade dos pacientes com COVID-19 para o direcionamento da assistência a saúde dessa população de risco.

Objetivo(s)

Descrever e analisar a magnitude e transcendência da obesidade nos adultos jovens e maduros (20 a 59 anos) nos óbitos com COVID-19 na região de saúde de Belo Horizonte 2020 a junho de 2021.

Material e Métodos

Foi realizado um estudo descritivo e analítico transversal utilizando dados secundários de site de domínio público da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) Hospitalizado do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe). As variáveis investigadas foram: idade, sexo, raça/cor da pele , presença de comorbidades, fator de risco/comorbidades, internação em UTI, uso de suporte ventilatório. Foram calculados os coeficientes de mortalidade, as taxas de letalidade, razões de prevalência e os valores de p. As análises foram realizadas no programa Epi Info versão 7.2.4.0.

Resultados e Conclusão

O risco de morrer foi de 2,4 vezes maior com fatores de risco em relação aos que não tinham (p<0,05). Analisando a obesidade, o risco de morrer foi 1,1 vezes maior do que os sem este fator de risco (p<0,05%) e na faixa etária de 20 a 59 anos foi 2,1 vezes maior em relação aos com ≥ 60 anos (p<0,05%). A escolaridade com até cinco anos de estudo apresentaram maior associação, além de ter sido internado em UTI e ser submetido a suporte ventilatório invasivo (p<0,05%). Observou-se associação entre obesidade e óbitos com COVID-19 nos adultos jovens e maduros.O entendimento como a obesidade contribui para a letalidade e mortalidade associada a COVID-19 pode auxiliar o direcionamento de políticas públicas e, consequentemente, a diminuição dos impactos da doença nesta população.

Palavras-chave

Infecções por Coronavírus, Hospitalizações, Obesidade, Adultos