Dados do Trabalho
Título
HANTAVIROSE NO ESTADO DO PARÁ: uma perspectiva epidemiológica
Introdução
A Hantavirose é uma doença zoonótica aguda que se apresenta na forma de Síndrome Cardiopulmonar por Hantavírus. A infecção humana ocorre através do contato com excreções de roedores infectados.
Objetivo(s)
Caracterizar o perfil epidemiológico de casos de Hantavirose notificados no estado do Pará.
Material e Métodos
Trata-se de um estudo transversal, descritivo e de abordagem quantitativa desenvolvido a partir de dados coletados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) do Departamento de Informática do SUS (DATASUS). Foram incluídos casos confirmados de Hantavirose (CID 10 B33.4) no estado do Pará no período de 2011 a 2020. Os dados foram tabulados e analisados do software Microsoft Excel 2016 considerando as variáveis faixa etária, sexo, raça/cor, município e desfecho.
Resultados e Conclusão
No período estudado foram notificados 36 casos de Hantavirose. No que tange a faixa etária, 52,8% (N=19) correspondem ao grupo de 20 a 39 anos, seguidos de 15 a 19 anos 19,4% (N=7), 40-59 anos 19,4% (N=7), 05-09 anos 2,8% (N=1); 10-14 anos 2,8% (N=1) e 65-69 anos 2,8% (N=1). Quanto ao sexo observou-se predominância no sexo masculino, com 89,1% (N=31) dos casos, enquanto os indivíduos do sexo feminino correspondem a 13,9% dos casos (N=5). Em relação a raça/cor notou-se grande acometimento da população parda (77,7%, N=28), seguido pela população branca (16,6%, N=6) e preta (5,5%, N=2). Na variável município a maioria dos casos foram registrados em Novo Progresso com 80,5% (N=29) dos casos seguido por Santarém (13,9%, N=5), Altamira (2,8%, N=1) e Redenção (2,8%, N=1). No que se refere ao desfecho 52,8% (N=19) dos pacientes vieram a óbito por Hantavirose, 27,8% (N=10) obtiveram a cura, 5,5% vieram a óbito por outras causas e 13,9% (N=5) foram ignorados ou deixados em branco. A Hantavirose acomete principalmente indivíduos do sexo masculino; na faixa etária de 20 a 39 anos; de raça/cor parda; notificados no município de Novo Progresso. Diante disso, reforça-se a necessidade de ações de educação em saúde voltadas para a prevenção que se fundamentam em medidas que impeçam a aproximação do homem com roedores silvestres e suas excretas. Ademais, a capacitação dos profissionais de saúde na identificação de casos suspeitos, principalmente em locais epidemiologicamente mais afetados.
Palavras-chave
Hantavirus; Epidemiologia; Ecossistema Amazônico.
Área
Eixo 10 | Outras infecções causadas por vírus
Categoria
NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador
Autores
Vanessa Kemilly Gomes Lima, Luan Moraes Ferreira, Thaísa Corrêa Araújo, Cirley Maria de Oliveira Lobato