Dados do Trabalho
Título
Análise dos óbitos por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por Covid-19, no município de Contagem em Minas Gerais., 2021
Introdução
Desde março de 2020, quando a Organização Mundial de Saúde declarou que o mundo vivia uma pandemia de Covid-19, o controle da transmissão do vírus envolve ações individuais e coletivas como as medidas de higiene, distanciamento físico e uso de máscaras. Somente em 2021 a vacinação foi iniciada. A vacinação em Contagem, segundo município mais populoso da região metropolitana de Belo Horizonte, foi iniciada em 19 de janeiro de 2021 priorizando os trabalhadores de saúde e outros grupos de risco. Diante da necessidade de verificação da situação vacinal nos registros de óbitos de SRAG por Covid-19 no ano de 2021 para análises epidemiológicas pertinentes, estes dados foram incluídos no SIVEPGripe realizando cruzamento com o sistema de informação do Programa Nacional de Imunização (PNI).
Objetivo(s)
Analisar o perfil dos óbitos por Covid-19 e da vacinação nos residentes do município de Contagem em 2021.
Material e Métodos
Estudo descritivo e analítico em que foram analisados os óbitos por Covid-19 e a vacinação utilizando as variáveis do SIVEPGripe: faixa etária (anos), fatores de risco/comorbidades (sim, não); vacinação Covid-19 (sim, não); , fabricante da vacina (1a dose, 2a dose), data da vacinação (1a dose, 2a dose) e data do óbito;
Resultados e Conclusão
Nos óbitos de SRAG por Covid-19, 30,4% foram vacinados. Entre os que possuíam fator de risco/comorbidade, grupo prioritário para vacinação, observou-se 67,5% sem registros de vacinação. Nas idades com maiores frequências de óbitos, 87,9% na faixa etária de 60 a 69 anos não vacinaram. A frequência de óbitos foi maior entre aqueles com registro de apenas uma dose - D_1 (56,2%), comparado aos que tinham esquema completo com D_1 e D_2 (43,8%). Considerando a vacina, o esquema incompleto (D_1) foi realizado com OXFORD/FIOCRUZ (n=107), SINOVAC/ BUTANTAN (n=86), PFIZER (n=5) e JANSSEN (n=1). O esquema com duas doses foi realizado, principalmente, com a SINOVAC/ BUTANTAN (n=137) e menos frequente com OXFORD/FIOCRUZ (n=16) e PFIZER (n=1). De janeiro a maio, 79,8% dos óbitos não haviam vacinado e de junho a dezembro, 72,8% foram vacinados.
No período analisado, os óbitos ocorreram com mais frequência em não vacinados anti-Covid e com esquema incompleto, evidenciando a necessidade de aumentar as coberturas vacinais para a redução da gravidade dos casos e, consequemente, os desfechos desfavoráveis.
Palavras-chave
óbitos, Covid-19, vacinação.
Área
Eixo 09 | COVID-19
Categoria
NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador
Autores
Isabela Farnezi Veloso, Andrea Vieira Gonçalves, Clarissa Domingos e Castro, Sofia Alves Nogueira Valério, Roseli Alves de Andrade