57º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical

Dados do Trabalho


Título

ATIVIDADE LEISHMANICIDA DE NANOPARTÍCULA, CONTENDO PRINCÍPIO ATIVO DE UM METABÓLITO SECUNDÁRIO FÚNGICO, SOBRE O PROTOZOÁRIO Leishmania (Leishmania) amazonensis E A CÉLULA HOSPEDEIRA.

Introdução

As leishmanioses são um complexo de doenças causadas por protozoários do gênero Leishmania. De acordo com a organização mundial da saúde (OMS) estima-se que 700.000 a 1 milhão de novos casos ocorram anualmente, principalmente afetando populações com carência de saneamento básico, moradia e afetadas pela desnutrição. Os tratamentos existentes são tóxicos, de baixa tolerância e podem apresentar resistência pelo parasito. Logo, pela complexidade da doença e por seu tratamento protocolar ser considerado de elevada toxicidade é necessário a busca por terapias alternativas que possam oferecer tratamentos menos agressivos e de maior eficácia (Brasil, 2017;WHO, 2022). Desta forma, estudos que utilizem produtos de origem natural e que possam ser menos toxico para célula e seletivo contra o protozoário tem recebido especial atenção.

Objetivo(s)

Assim, esse trabalho tem como objetivo avaliar atividade leishmanicida de uma nanopartícula contendo como princípio ativo um metabólito secundário de fungos do gênero Aspergillus capaz de ativar células do sistema imunológico e possuir ação leishmanicida.

Material e Métodos

Formas promastigotas de Leishmania (L.) amazonesis foram utilizadas para o teste de atividade leishmanicida e macrófagos peritoneais para o teste de citotoxicidade. Foram utilizadas diferentes concentrações (10, 20, 50, 100, 250 e 500 g/mL) da formulação por 72h, analisadas pelo método MTT (Thiazolyl Blue TetrazoliumBromide) e lidas em espectrofotômetro (570nm). Para análise morfológica, os macrófagos foram tratados nas concentrações mencionadas e coradas com giemsa para análise por microscopia óptica (MO). Além disso, foi realizada interação das promastigotas de Leishmania (L.) amazonensis com os macrófagos peritoneais (1:10 células, respectivamente) utilizando as concentrações (10, 20, 50, 100, 250 e 500 g/mL) da formulação por 72h, para analisar o efeito da droga contra as formas amastigotas do parasito.

Resultados e Conclusão

Os resultados demonstraram que a nanopartícula apresentou atividade leishmanicida contra promastigotas de L. (L.) amazonensis, sem apresentar efeito citotóxico para macrófagos nas concentrações utilizadas. Ademais, a nanoemulsão auxiliou na diminuição significativa das formas amastigotas no interior dos macrófagos. Esses resultados sugerem novas perspectivas no uso dessa nanopartícula, como alternativa para o tratamento das leishmanioses.

Palavras-chave

Tratamento; Leishmania (Leishmania) amazonensis; Nanoemulsão.

Área

Eixo 06 | Protozooses

Autores

Poliana Dimsan Queiroz de Souza, Adan Galue-Parra, Lienne Silveira Moraes, Caroline Gomes Macedo, Irlon Maciel Ferreira, Edilene Oliveira da Silva