Dados do Trabalho
Título
ANÁLISE DA ESPECIFICIDADE DE RESPOSTA DE ANTICORPOS IgG PARA AS SUBUNIDADES S1 e S2 DA PROTEÍNA SPIKE E PROTEÍNA DO NUCLEOCAPSÍDEO (C) DE SARS-CoV-2, SEGUNDO O PERFIL CLÍNICO DA COVID-19.
Introdução
A doença coronavírus 2019 (COVID-19), causada pelo SARS-CoV-2 (síndrome respiratória aguda grave coronavírus 2), foi diagnosticado pela primeira vez no Brasil em 26 de fevereiro de 2020.
Objetivo(s)
Em decorrência da importância deste contexto, o presente estudo teve como objetivo analisar a especificidade de resposta de anticorpos IgG para as proteínas S1, S2 e C do vírus SARS-CoV-2, nos diferentes perfis clínicos da COVID-19.
Material e Métodos
Foram analisadas um total de 136 indivíduos que tiveram diagnóstico clínico e/ou laboratorial (RT-PCR) de COVID-19, classificados como casos leves, moderados e graves, cujo tratamento foi realizado em domicílio ou por atendimento nos hospitais Belém, Amazônia e Porto Dias, situados no município de Belém -PA. A coleta de dados foi realizada através de um questionário semiestruturado contendo informações demográficas e as principais manifestações clínicas dos pacientes. A resposta de anticorpos IgG para as subunidades S1 e S2 da proteína Spike e para a proteína do nucleocapsídeo (C) foi avaliada através do ensaio de imunoabsorção enzimática (ELISA), conforme orientações do fabricante.
Resultados e Conclusão
Os resultados demonstraram que 87,5% dos indivíduos analisados (119/136) responderam para a subunidade S1 de Spike e 88,25% (120/136) responderam para a proteína do nucleocapsídeo. Apenas 14,44% dos indivíduos responderam para a proteína S2 (21/136). Ao analisar o potencial de neutralização diante da resposta às diferentes proteínas do vírus, o grupo dos pacientes graves apresentaram respostas mais elevadas de anticorpos para as proteínas C e S1, quando comparadas com o grupo de indivíduos assintomáticos para COVID-19, com significância estatística (p ≤ 0.000). Para a subunidade S2, a maioria indivíduos analisados respondem com baixos títulos de anticorpos. Conclusão: Neste trabalho conclui-se que os níveis de anticorpos IgG podem estar relacionados à evolução clínica dos indivíduos infectados pelo SARS-CoV-2, com altos níveis de anticorpos neutralizantes para S1 e C nos casos graves. No entanto, o perfil de neutralização precisa ser melhor elucidado como marcador de prognóstico para a doença.
Palavras-chave
SARS-CoV-2, Imunidade, COVID-19
Área
Eixo 09 | COVID-19
Categoria
(Concorra com apenas um trabalho) Concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador - Graduado
Autores
Sinei Ramos Soares , Maria Karoliny da Silva Torres, Sandra Souza Lima, Kevin Matheus Lima de Sarges, Mayara da Silva Carvalho , Izaura Maria Vieira Cayres Vallinoto, Rosimar Neris Martins Feitosa , Luiz Fábio Magno Falcão, Eduardo José Melo dos Santos , Antônio Carlos Rosário Vallinoto, Andréa Nazaré Monteiro Rangel da Silva