Dados do Trabalho

Título

PERCEPÇÃO SOBRE ASPECTOS DA PANDEMIA E VACINAS DA COVID-19 EM COMUNIDADE QUILOMBOLA NO NORDESTE DO ESTADO PARAENSE

Introdução

Em dezembro de 2019 a Organização Mundial de Saúde foi alertada sobre vários casos graves de problemas respiratórios na China que viriam a ser identificados como covid-19, pandemia causada por uma nova cepa de coronavírus: SARS-CoV-2. Nessa perspectiva, é evidente que os efeitos dessa doença impactaram não apenas grandes centros, mas também comunidades quilombolas, rurais, indígenas, ribeirinhos e moradores de ocupações desordenadas.

Objetivo(s)

Compreender a percepção dos moradores da comunidade quilombola acerca da pandemia e vacinas da covid-19.

Material e Métodos

O estudo foi realizado na comunidade quilombola de Macapazinho, Castanhal - PA, com critério de inclusão a idade mínima de 18 anos. Foi conduzida uma entrevista através de formulário eletrônico compartilhado via redes sociais e de modo presencial sobre a aceitação da vacina contra a covid-19, a prática de exercício físico antes e durante a pandemia e sobre o isolamento social. Além disso, foi questionado o aspecto emocional em relação à pandemia e à vacinação.

Resultados e Conclusão

Dos 30 participantes por livre adesão, todos foram vacinados contra a covid-19, 50% até a terceira dose, 25% até a quarta e 20% até a segunda dose da vacina. Também foi observado que 80% não obtiveram nenhuma reação à vacina. Sobre o isolamento social, 84% consideraram ser medida preventiva ou de controle da pandemia. No aspecto emocional, 88% não sentiram medo da imunização, 55% disseram ter tido quadros de estresse e ansiedade durante o período e nenhum acreditou em teorias contrárias à vacinação. Outro ponto observado foi que, dentre os quilombolas que praticam atividade física, 47% afirmaram ter mantido a frequência de antes da pandemia, 35% diminuído e 18% aumentado. Nesse sentido, foi possível perceber a importância da divulgação de informações sobre a covid-19, dessa forma, comunidades afastadas dos grandes centros puderam ter conhecimento sobre prevenção e tratamento da doença. Ademais, foi observado que a vacina e o isolamento social foram vistos positivamente por parte dos entrevistados. Além disso, foi notado que a doença esteve relacionada com quadros de estresse e ansiedade em mais da metade dos participantes. Também foi constado que, apesar do cenário pandêmico, a prática de atividade física esteve presente na rotina dos quilombolas.

Palavras-chave

Coronavírus, Afrodescendentes, Cotidiano.