57º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical

Dados do Trabalho


Título

Perfil epidemiológico da COVID-19 da Região Metropolitana de Belém (RBM), Pará, entre março e junho de 2020.

Introdução

Objetivo(s)

Identificar o perfil epidemiológico da COVID-19 nas 7 cidades que compõem a região metropolitana de Belém entre os meses de março a junho de 2020, além de comparar os dados relativos as taxas de infecção, percentual de recuperados e letalidade.

Material e Métodos

Trata-se de um estudo ecológico de distribuição de casos obtidos através do portal da transparência COVID-19 do governo do estado do Pará e dados sobre a população estimada da população dos municípios adscritos à região, provenientes das estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

Resultados e Conclusão

RESULTADOS: A RBM é composta por 7 municípios, e no período estudado registrou 29,41% (25.330) de todos os casos notificados de COVID-19 no estado do Pará, com uma taxa de letalidade de 9,68% e taxa de infecção de 10,08%, entretanto apresenta um percentual de 70,3% de recuperados. Os municípios que apresentam maior letalidade são Castanhal, Belém, Marituba e Ananindeua (10,63%. 10,45%; 9,76% e 8,18% respectivamente), porém em números absolutos Belém registra o maior número de casos, e para os demais municípios existe uma irregularidade, sendo que Castanhal apesar de ser o 12º município do estado em número de casos, também é o 4º em número de óbitos, dado que demonstra a alta taxa de letalidade no município. Sobre o número de recuperados, o município de Benevides possui uma taxa de 92,77% de recuperados, seguido de Santa Bárbara com 91,94%, os quais são muito superiores à taxa da RMB. Acerca dos pacientes ainda em recuperação da COVID-19 os municípios de Ananindeua e Belém concentram 90,6% (6815) de infecções em curso.
CONCLUSÃO: : Observou-se que o perfil epidemiológico da COVID-19 é variável entre as cidades da região metropolitana, e se infere que as ações públicas de enfrentamento a pandemia, assim como a adesão populacional ao isolamento social fatores moduladores na evolução epidemiológica da doença. Logo, infere-se que o comportamento de contágio do vírus, assim como da taxa de mortalidade e percentual de recuperados, dependem de vários fatores além dos intrínsecos às complicações da doença. Ademais, conclui-se que que os municípios que possuem a maiores notificações não possuem necessariamente a maior letalidade da doença.

Palavras-chave

COVID-19; SARS-CoV-2; Perfil epidemiológico; Estado do Pará; Região Metropolitana de Belém.

Área

Eixo 09 | COVID-19

Autores

Camylla Rebbeca Bezerra Aragão, Adrianne Raposo Ponte, Gabriela Blanco Morais Trindade, Leonardo Verde Leite, Lorena Motta Alcântara, João Victtor Silva Pantoja, Maria Helena Rodrigues Mendonça