Dados do Trabalho

Título

Seminários regionais do Programa de Controle da Doença de Chagas: importante estratégia para o enfrentamento dos atuais desafios do Programa no estado da Bahia

Introdução

A doença de Chagas integra o grupo de doenças tropicais negligenciadas, estreitamente associada à pobreza. Apresenta expressiva morbimortalidade ino Brasil e o estado da Bahia está entre as unidades federadas com maiores taxas de mortalidade no país, com média anual de 621 óbitos entre 2010 e 2019, ficando atrás somente de Goiás, Distrito Federal e Minas Gerais em todos os referidos anos, exceto nos anos de 2016 e 2017.

Objetivo(s)

Promover a capacitação/atualização das equipes de saúde vinculadas às Regionais de Saúde e municípios sobre ações do Programa de Controle da Doença de Chagas (PCDCh): vigilância epidemiológica, diagnóstico, manejo clínico, vigilância entomológica e controle vetorial. Em paralelo, possui também objetiva promover a troca de experiências entre a academia e serviço no que refere a vigilância, prevenção e controle da Doença de Chagas.

Material e Métodos

Foi realizado o levantamento do número de seminários regionais sobre doença de Chagas realizados pela Diretoria De Vigilância Epidemiológica (DIVEP) do estado da Bahia entre os anos de 2019 até o mês de julho de 2022, número de municípios e técnicos participantes.

Resultados e Conclusão

Em 2019 aconteceu o Seminário Regional sobre Doença de Chagas, em Barreiras, com participação das referências do Programa de Controle da Doença de Chagas (PCDCh) de 30 regionais de saúde do estado, além dos municípios da macrorregião de saúde Oeste. Referências do Programa a nível nacional, estadual e regional realizaram palestras, com ampla participação dos presentes. Desde então, a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVEP) tem replicado essa estratégia a nível regional, com vistas ao fortalecimento do Programa nos territórios. Houve uma pausa pela pandemia da COVID-19, com as atividades retomadas em dezembro de 2021, no seminário realizado pela regional de saúde Guanambi. Em 2022, já aconteceram seminários nas regionais de Salvador, Itaberaba e na macrorregião Sudoeste. Os eventos de 2021 e 2022 ainda são prematuros para contabilizar resultados, mas o seminário de Barreiras, em 2019, potencializou as atividades do Programa no Estado e a regional Barreiras, que entre 2016 a 2020 respondia pela solicitação de 20% dos tratamentos específicos para doença no Estado, atualmente é responsável por 43% dos tratamentos, no ano de 2022. O estado da Bahia destaca a importância desses seminários regionais como promissora estratégia para qualificar e otimizar as ações do PCDCh nos territórios.

Palavras-chave

doença de Chagas; educação permanete; regionalização em saúde