57º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical

Dados do Trabalho


Título

UMA ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DA DOENÇA DE CHAGAS AGUDA NAS REGIÕES DO PARÁ.

Introdução

Objetivo(s)

Verificar quantitativamente o perfil epidemiológico da doença de chagas aguda nas regiões do Estado do Pará.

Material e Métodos

Consiste-se em estudo epidemiológico descritivo, do tipo levantamento retrospectivo exploratório de caráter transversal e quantitativo dos casos de Doença de Chagas Aguda nas regiões de saúde de residência, no Estado do Pará. Analisou-se os períodos de 2016 a 2020, observando-se as variáveis idade, raça, critério de confirmação, zona de residência e modo de infecção, disponíveis no Sistema de Informação de Agravos e Notificação da base de dados do Datasus.

Resultados e Conclusão

Observou-se um total de 1.334 casos. As regiões de residência com maiores registros foram Tocantins (37,3%), Marajó II (25,0%) e Metropolitana I (14,2%). O principal critério de confirmação foi o Laboratorial (95,6%), seguindo do Clínico-epidemiológico (2,6%), demonstrando a efetividade do Exame Parasitológico Direto, técnica “padrão ouro”, para diagnóstico dessa fase da doença. A faixa etária mais atingida foi a economicamente ativa, de 20-39 (34,8%), seguida de 40-59 (24,0%). Os principais modos de infecção foram o oral (86,6%) e o vetorial (5,4%). Tais dados demonstram uma grande necessidade de uma maior vigilância sanitária na produção de alimentos. A raça mais atingida foi a Parda (85,2%). A zona de residência mais incidente foi a Rural (24,1%) e a Urbana (16,5%), no entanto, observou-se 788 casos (59%) sem informação (Ign/Branco), acusando uma omissão prejudicial para o planejamento de estratégias de saúde. Considerando-se os aspectos observados, constata-se uma maior incidência de casos na população parda, economicamente ativa e residente na área rural, sendo as regiões de Tocantins e Marajó II as mais afetadas pela patologia. Ademais, o principal critério de confirmação foi o Laboratorial. Além disso, faz-se premente ressaltar, ainda, que o principal meio de infecção foi o oral, seguido do vetorial, urgindo maior atuação da vigilância sanitária local no tocante à presença do inseto triatomíneo, vetor da doença, e à qualidade dos alimentos, em especial as iguarias regionais, cuja ingestão é inerente aos hábitos da população paraense.

Palavras-chave

Doença de Chagas aguda; regiões de saúde; confirmação laboratorial

Área

Eixo 06 | Protozooses

Autores

Gabriela Feijão Freitas Pereira, Diego Rayan Teixeira de Sousa, Clara Serique Massaranduba e Silva, Gisely Rita Bulegon, Janderson Juan de Carvalho Gomes, Juarez de Souza, Giovana Andreia Gibbert de Souza