Dados do Trabalho

Título

Análise da incidência de hanseníase no estado do Pará entre os anos de 2015 e 2020

Introdução

Hanseníase é uma doença infectocontagiosa estigmatizada a qual afeta os nervos e a pele causada pelo bacilo Mycobacterium leprae através do contato com secreções do aparelho respiratório superior como tosse, espirro, saliva e secreções nasais. O brasil é o segundo país com maior número de caso perdendo apenas para a Índia. Os sinais e sintomas são manchas hipocrômicas e/ou eritematosas sem prurido ou dor com perda da sensibilidade térmica, tátil e dolorosa. Além disso, diminuição da força muscular, parestesia e anidrose também são sintomas comuns nesses pacientes. O diagnóstico, o tratamento feito com a poliquimioterapia única e bem com a prevenção da doença são realizados na Atenção Primária de Saúde, no Estado do Pará os casos mais graves são encaminhados para a Unidade de Referência Especializada Marcello Candia. A hanseníase quando não tratada da maneira correta pode acarretar perda de função do membro acometido, por isso a necessidade de diagnosticar e tratar os pacientes de maneira adequada. Desse modo, faz-se necessário ter conhecimento desta enfermidade no Estado Pará para alinhar políticas de saúde coletiva.

Objetivo(s)

Descrever os casos de hanseníase notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificações (SINAN) no período compreendido entre 2015 e 2020.

Material e Métodos

O presente trabalho se trata de um estudo transversal retrospectivo, tendo os dados coletados no SINAN através do Departamento de Informática do Sistema único de Saúde (DATASUS) no período de 2015 a 2020 sobre a Hanseníase.

Resultados e Conclusão

Segundo dados do SINAN foram notificados aproximadamente 20 mil novos casos entre 2015 e 2020, sendo o ano de 2015 com o número de casos registrados com cerca de 3.900 casos. O gênero masculino foi o mais atingido com mais de 12 mil registros em comparação ao feminino com apenas 7,4 mil. Ao analisar a raça a maior incidência de acometimento foi em pardos com valores próximos a 15 mil, seguido da população negra com 2,4 mil pacientes diagnosticados. A faixa etária mais acometida pela hanseníase foi entre 30 e 39 anos e as menos acometidas foram os extremos de idade, menores 4 anos e maiores de 80. A região metropolitana de Belém liderou o diagnóstico com cerca de 4,5 mil casos, seguido de Marabá com aproximadamente 1 mil casos e Parauapebas com 850. Dessa forma, percebe-se que esta doença ainda é muito prevalente no Estado mostrando que há necessidade de intervenções de educação em saúde afim de diminuir o número de casos no Pará.

Palavras-chave

Hanseníase; Pará; Incidência