Dados do Trabalho
Título
FATORES ASSOCIADOS AO MANEJO CLÍNICO INADEQUADO DOS ACIDENTES COM SERPENTES NO ESTADO DE MATO GROSSO
Introdução
Os acidentes causam significativo impactos na saúde pública, na economia e na sociedade, devido ao elevado número de óbitos, além de sequelas de corrente do acidente assim como amputações.
No ano de 2013, o Brasil passa por um desabastecimento em 50% na produção de soro antiofídico, devido adequações e reformas nos parques industriais, diminuição na quantidade de serpentes, matéria prima e, consequentemente, interrupção na produção dos soros.
Com a escassez de soro antiofídico, o manejo clínico adequado dos acidentes torna-se necessário ao profissional médico, prevalecendo a intenção de salvaguardar a vítima de acidente ofídico.
E considerando o atual momento de escassez, entender os fatores que interferem no uso racional de soro servirá para direcionar as ações públicas que garantam a continuidade da assistência e a redução de sequelas ao acidentado.
Objetivo(s)
Analisar o perfil epidemiológico e o manejo ao acidente ofídico no estado de Mato Grosso no período de 2014 a 2018
Material e Métodos
Trata-se de um estudo transversal, analítico, com 2897 notificações de acidentes com serpentes extraídas do Sistema de Informação de Agravos de Notificação – SINAN. O Manejo cínico foi caracterizado utilizando critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde no emprego do soro antiofídico, observando o tipo de serpente, sintomas clínicos, tipo de soro e quantidade de ampolas. Realizou-se o teste do χ2 de Mantel Haenszel na análise bivariada e regressão de Poisson na análise multivariada. O nível de significância adotado foi de 5%.
Resultados e Conclusão
Resultados: Fatores como: o tipo de serpente não Bothrops (RP 2,85, IC 2,63-3,03), o acidente grave (RP 2,21, IC 1,98-2,48), as manifestações clínicas locais (RP 1,36, IC 1,20-1,54), o ano de ocorrência posterior ao ano de 2015 (RP 1,14, IC 1,04 -1,54) e a raça branca (RP 1,14, IC 1,03 -1,25) estão diretamente relacionados com a qualidade do manejo
CONCLUSÃO: Principalmente neste período de escassez de soro antiofídico, o manejo clínico adequado do acidente ofídico é imprescindível para otimizar a quantidade de ampolas, como a redução da morbimortalidade da população acometida. Além de elaboração de Políticas Públicas voltadas para prevenção de acidentes ofídico, educação permanente médica e o uso de Equipamentos de Proteção individual- EPI, em regiões com alta incidência de acidente ofídico.
Palavras-chave
Acidente Ofídico, Gerenciamento Clínico, Soroterapia
Área
Eixo 03 | Acidentes por animais peçonhentos
Categoria
(Concorra com apenas um trabalho) Concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador - Graduado
Autores
Paulo Lima Silva Filho, Alan Oliveira Rodrigues, Ezio Felipe Alessio, Gonçalo Conceição de Magalhães Filho, Lucas Couto Nunes, Marcelo Almeida Zaitune, Ageo Mario Candido da Silva