57º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical

Dados do Trabalho


Título

EVENTOS ADVERSOS PÓS - VACINAÇÃO CONTRA O VÍRUS SARS-COV-2 EM IDOSOS NO ESTADO DO CEARÁ

Introdução

Em dezembro de 2019, foi descoberto um novo coronavírus, SARS-CoV-2, causador de uma síndrome respiratória aguda grave intitulada COVID-19, responsável por altas taxa de mortalidade em escala mundial, fazendo-se necessário o desenvolvimento de uma vacina eficaz e que oferecesse memória imunológica longa. O imunizantes inativado CoronaVac, produzido pela empresa chinesa Sinovac demonstrou eficácia de 50,38% e AstraZeneca de 76% (MS, 2021).

Objetivo(s)

Conhecer as reações adversas ocasionadas pelas vacinas contra o COVID-19, em idosos, no Ceará.

Material e Métodos

Participaram do estudo idosos de ambos os sexos com esquema de vacinação completa para COVID-19 (1º e 2º dose), no município de Maracanaú, no período de outubro de 2021 a janeiro de 2022. Os dados foram coletados de forma presencial de 205 idosos que aguardavam atendimento nas Unidades de Saúde da Família do Município de Maracanaú, através de um formulário previamente estruturado acerca dos dados demográficos e das reações adversas ocorridas após a vacinação.

Resultados e Conclusão

Dos 205 idosos vacinados, 130 (63,4%) %) receberam a vacina CoronaVac e 75 (36,6%) AstraZenica. Do total de vacinados 109 (53,2%) apresentaram reações adversas, sendo 44 (33,85%) por CoronaVac, ocorrendo 24 (54,55%) após a 1º dose e 20 (45,45%) após 2º dose da vacina. Dos indivíduos que receberam a vacina Coronavac 86 (66,15%) não manifestaram reações adversas. O imunizante, Astra Zeneca apresentou 65(86,70%) casos de reações adversas, sendo 40 (53,305) após a 1º dose e 25 (33,30%) após a 2º dose, apenas 13,30% não apresentaram reações adversas. As mulheres apresentaram mais eventos adversos pós-vacinação que os homens e a faixa etária mais acometida pelas reações adversas foram entre 60 e 64 anos. Nos idosos acima de 70 anos as taxas de reações adversas foram baixas. Os vacinados apresentaram maior taxa de reações adversas na primeira dose. As reações mais frequentes pós-vacinação (Coronavac e AstraZenica) foram dor, eritema, prurido e enduração no local da aplicação, fadiga, dor muscular, cefaleia e febre. Apesar de mais da metade da população estudada ter apresentado reações adversas, as mesmas não foram consideradas graves, o que pode gerar maior confiança da população com relação aos imunizantes.
Conclui-se que as vacinas são seguras para a população e que os riscos destas são inferiores aos danos provenientes da doença.

Palavras-chave

“Eventos adversos”; “Vacinas contra COVID-19”; “Segurança do paciente”.

Área

Eixo 09 | COVID-19

Autores

Ana Raquel Pereira Lima, José Igor de Oliveira Jacó, Alanna Carla da Costa Belmino, José Damião da Silva Filho, Ana Paula Soares Gondim, Eduardo Arrais Rocha, Rita de Cássia Carvalho Barbosa, Karen Evelyne Albano Costa, Aguida Virgínia Oliveira Braga, Maria de Fátima Oliveira