Dados do Trabalho
Título
ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DA COBERTURA VACINAL EM CRIANÇAS DE ZERO A CINCO ANOS EM BELÉM-PA DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19
Introdução
A vacinação é uma ferramenta eficaz de saúde pública que proporciona a proteção contra doenças infecciosas, sendo responsável por reduzir consideravelmente o risco de adoecimento ou manifestações graves de determinada doença. Em fevereiro de 2020, a Portaria nº 188 declarou emergência em saúde pública de importância nacional em decorrência da infecção humana pelo novo Coronavírus (COVID-19). A situação demandava o emprego urgente de medidas de prevenção, controle e contenção de agravos à saúde pública. O isolamento social e as medidas de prevenção em decorrência da pandemia de COVID-19 levaram a população a evitar o comparecimento presencial em serviços de saúde, como forma de impedir o contágio pelo novo coronavírus. Diante disso, acredita-se que muitos pais optaram por postergar a imunização de seus filhos, expondo as crianças ao risco de doenças graves, mas evitáveis, como sarampo, poliomielite ou meningite.
Objetivo(s)
Este trabalho tem como objetivo realizar uma avaliação epidemiológica da cobertura vacinal em crianças de 0 a 5 anos no contexto da pandemia de COVID-19 no município de Belém no período de 2019 a 2021.
Material e Métodos
Realizou-se um estudo descritivo, retrospectivo e quantitativo com base nos dados fornecidos pelo Departamento de informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). As informações coletadas foram armazenadas e tabuladas no programa Microsoft Office Excel™.
Resultados e Conclusão
Em 2018 o número total de vacinas aplicadas no estado do Pará foi de 3.688.841 e em 2021 de 3.296.878, apresentando uma queda de 10,63%. Dentre essas vacinas, é importante destacar o Hepatite B (HB) e Tríplice Viral (SCR), com diferença de respectivamente 29,35% e 20,96%. Ademais, foi identificado que houve uma redução de 47,16% nas doses de BCG aplicadas em crianças com até 30 dias. Quanto à avaliação por idade, notou-se que houve aumento da cobertura vacinal entre crianças de 1 ano (8,01%) e 2 anos (27,52%), e diminuição entre as de 3 anos (34,94%) e 4 anos (38,67%). Nesse sentido, observou-se o declínio da cobertura vacinal do calendário infantil e, com isso, o aumento da vulnerabilidade das crianças às doenças. Logo, agravos de saúde que podem ser evitados pelas vacinas, revelaram-se fatores preocupantes durante a pandemia de COVID-19.
Palavras-chave
Cobertura Vacinal; COVID-19; Pandemia; Vacinação.
Área
Eixo 05 | Imunizações/ Saúde do viajante
Categoria
NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador
Autores
Kamila Cecília Gomes da Silva, Bruna Araújo Smith, Bruna Viviane Bacha Miranda, Cindy Aya Yamaga, Leila Suely Aviz Lima