Dados do Trabalho

Título

Triagem em doadores vivos de órgãos e tecidos da região norte do Brasil baseados nos critérios para detecção do Covid-19

Introdução

A pandemia da síndrome respiratória aguda causada pelo coronavírus trouxe prejuízos significativos para diversos serviços de saúde, causando a interrupção ou redução na efetiva oferta e execução de procedimentos como transplantação de órgãos e tecidos. Em virtude das incertezas sobre a possibilidade de transmissão do SARS-CoV-2 por meio do transplante entre doadores vivos, observou-se uma diminuição das doações efetivas como reflexo do aumento das taxas de contraindicações médicas. Dessa forma, foi necessário o desenvolvimento de protocolos e práticas para prevenção e controle da transmissão da Covid-19, de modo garantir a continuidade dos processos.

Objetivo(s)

Descrever sobre os critérios para o aceite de doadores vivos no cenário da pandemia de Covid-19 e impacto das medidas implementadas sobre a efetivação dos transplantes de órgãos na região Norte do Brasil.

Material e Métodos

Foi feito um estudo comparativo em relação aos dados da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos e atualização para triagem da doença.

Resultados e Conclusão

A região Norte possui mais de 18,7 milhões de habitantes; em 2021 apresentou o menor número de doadores absolutos de órgãos no Brasil (n=44), comparando com os dados de 2019 (n=67), havendo uma diminuição de 34,3% das transplantações. Definiram-se alguns critérios para a captação de doadores vivos; assim, caso o paciente não tenha histórico da doença e RT-PCR não detectado ele está apto a continuar o processo. Se o RT-PCR seja detectado mas sem história clínica há mais de 90 dias, deve-se aguardar 6 semanas a partir da data da coleta; caso o doador tenha história com menos de 90 dias e com resolução dos sintomas, deve também esperar 6 semanas e considerar a gravidade do caso. Somente em casos de urgência para o receptor esse período de 90 dias pode ser encurtado em até no mínimo 28 dias, havendo uma avaliação dos riscos-benefícios. O Ministério da Saúde lançou a Nota Técnica nº 24/2022 que atualiza as normas de gerenciamento do risco sanitário da pandemia da Covid-19 para a doação e transplante de órgãos, tecidos e células-tronco hematopoéticas, cuidados com os pacientes em lista de espera e com os pacientes transplantados. A principal mudança é que fica autorizada a realização de transplantes de doadores positivos para SARS-CoV-2, desde que seguindo critérios rigorosos de aceitação do doador e após a avaliação de risco-benefício para cada receptor.

Palavras-chave

Doação de órgãos e tecidos; Doadores Vivos; Covid-19.

Área

Eixo 09 | COVID-19