Dados do Trabalho
Título
Avaliação da influência do inóculo em Açaí na infecção oral pelo Trypanosoma cruzi em camundongos BALB/c
Introdução
Atualmente a infecção oral é o principal mecanismo de transmissão da doença de Chagas no Brasil, sendo caracterizada pela ingestão de alimentos ou bebidas contaminados com as formas tripomastigotas metacrílicas (TM) do Trypanosoma cruzi (T .cruzi), sendo o Açaí (Euterpe oleracea) o principal alimento envolvido. A alta capacidade antioxidante do fruto, com alto teor de polifenóis, já foi confirmada em vários estudos, entretanto existem poucos trabalhos na literatura que abordam a via oral e qual é a influência do meio na interação parasito/hospedeiro.
Objetivo(s)
Avaliar taxa de sobrevida e curva de parasitemia
Quantificar carga parasitária no músculo próximo a bochecha e no estômago
Quantificar o processo inflamatório no músculo próximo a bochecha e no estômago
Quantificar as citocinas IL-17A, IFN-gama, TNF-alfa e IL-10 no músculo próximo a bochecha e no estômago
Material e Métodos
Camundongos BALB/c foram infectados com formas TM do T. cruzi adicionadas ao Açaí ou em
meio RPMI.
Resultados e Conclusão
Animais inoculados com parasitos em açaí apresentaram 96% de sobrevida, enquanto no grupo RPMI foi de 68%. A quantificação da carga parasitária mostrou que independentemente do meio, o estômago foi o órgão mais parasitado. A avaliação do processo inflamatório mostrou em ambos os órgãos presença de processo inflamatório nos dias 2 e 5 após a infecção para ambos os grupos infectados, e no 14o DAI para o grupo RPMI. A quantificação de citocinas no músculo próximo a bochecha mostrou uma maior produção da citocina TNF aos 14 dias após a infecção no grupo RPMI em relação ao grupo Açaí. Já no estômago, a avaliação das citocinas mostrou que nos animais infectados com formas metacíclicas no meio Açaí há uma menor produção de citocinas pró-inflamatórias e imunoreguladoras. Esses resultados sugerem que a infecção por formas metacíclicas no Açaí, apesar de promover uma parasitemia mais tardia, é capaz de provocar as mesmas alterações patológicas observadas nos animais infectados com o RPMI como mostraram os dados da carga parasitária e do processo inflamatório. No entanto, os resultados de citocinas pró-inflamatórias mostraram que há uma menor produção dessas citocinas nos animais infectados com o Açaí, o que poderia estar relacionado com as propriedades anti-inflamatórias deste fruto.
Agradecimentos:
UFOP
O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001
Palavras-chave
Doença de Chagas, Tryapanosoma cruzi, Infecção Oral, Açaí
Área
Eixo 06 | Protozooses
Categoria
(Concorra com apenas um trabalho) Concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador - Doutorado
Autores
Flavia de Souza Marques, Rashid Iddrisu, Amanda de Oliveira Araújo , Aline Coelho das Mercês, Thays Helena Duarte, Luciana da Fonseca Medeiros, Thaís Vieira de Carvalho , Cláudia Martins Carneiro, Paula Melo de Abreu Vieira