57º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical

Dados do Trabalho


Título

ANÁLISE DA COBERTURA VACINAL EM BELÉM (PA) ENTRE 2019 E 2021

Introdução

Há algumas décadas, doenças infectocontagiosas comuns da infância eram responsáveis por altas taxas de mortalidade infantil e sequelas no Brasil e em diversos outros países. Atualmente, entretanto, a vacinação referente a lactantes e crianças na primeira infância representa uma significativa atitude de prevenção dessas enfermidades. Diante disso, visando ampliar a cobertura vacinal e adesão o Ministério da Saúde desenvolve programas de imunização e campanhas periodicamente, porém, devido a diversos fatores, muitos indivíduos deixam de ser vacinados.

Objetivo(s)

Verificar as taxas de cobertura vacinal no município de Belém (PA), entre 2019 e 2021.

Material e Métodos

Estudo descritivo e quantitativo acerca da cobertura vacinal de todos os imunizantes fornecidos pelo calendário básico de vacinação do Ministério da Saúde por ano em Belém (PA), de 2019 a 2021, a partir de base de dados do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI/MS).

Resultados e Conclusão

Observou-se que a maior cobertura vacinal ocorreu no ano de 2019 (68,99%), seguida de queda considerável em 2020 (52,96%), atingindo o menor valor em 2021 (48,74%). Em 2019, a vacina que apresentou melhor cobertura foi a BCG (86,69), seguida da pneumocócica (85,03%), Meningococo C (83,68%) e Tríplice Viral D1 (82,98%), as únicas acima de 80%, enquanto que a pior cobertura foi pela DTP de 4 a 6 anos de idade (36,55%). Em 2020, a BCG permaneceu como maior cobertura (75,43%), seguida da Hepatite B em crianças até 30 dias (66,69%), Tríplice Viral D1 (62,74%) e pneumocócica (60,47%), sendo o restante das vacinas com valores inferiores a 60%, destacando a menor sendo a Dupla adulto e tríplice acelular em gestante (23,40%). Por fim, no ano de 2021, a melhor cobertura continuou pela BCG (76,04%) e em segundo lugar pela Hepatite B em crianças até 30 dias (68,07%), seguidas pela Tríplice Viral D1 (61,96%), únicas superiores a 60%, permanecendo baixa a Dupla adulto e tríplice (19,93%), atrás somente da Tetra Viral (0,96%). Logo, a cobertura vacinal total nesse período foi maior pela BCG e menor pela dT adulto e dTpa em gestante.

O estudo evidenciou queda das taxas de cobertura vacinal em período equivalente à pandemia de COVID-19, podendo este evento ter relação com a redução de administração dos imunizantes devido às recomendações de confinamento. Ademais, observou-se maior negligência quanto às vacinas idealmente aplicadas após o primeiro ano de vida.

Palavras-chave

Vacinação, Cobertura vacinal, Saúde pública.

Área

Eixo 05 | Imunizações/ Saúde do viajante

Autores

Leticia Ribeiro dos Santos, Giulia Vitória Nascimento da Silva, Tiago Monteiro Batista, Gabriel Rezende Neves, Rebeca de Souza da Nóbrega, Francinei Gomes Pinto, Lucas Dias Silva, Tereza Maria Meireles Fernandes da Silva, Valentina Silva Rodrigues, Andrea Luiza Vaz Paes