57º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical

Dados do Trabalho


Título

COBERTURA VACINAL DE HEPATITE B NAS REGIÕES DE SAÚDE DO ESTADO DO PARÁ DE 2017 A 2021

Introdução

Sendo transmitida por um vírus da família Hepadnaviridae, o vírus da Hepatite B é um vírus de DNA, envelopado, que possui tropismo pelo fígado, causando uma infecção aguda – a qual pode se tornar crônica, em alguns casos. Seus meios de transmissão são a prática sexual desprotegida – mais comum –, a transmissão vertical e o contato hematogênico, como compartilhamento de seringas e transfusão de sangue. Geralmente assintomática, esse agravo cursa, em fases avançadas da doença, com cansaço, tontura, enjoo e vômitos, além de dor abdominal e, em alguns casos, icterícia. Suas formas de prevenção vão de práticas de educação em saúde e à imunização.

Objetivo(s)

Avaliar a Cobertura Vacinal em relação ao imunizante contra Hepatite B no estado do Pará e em suas regiões de saúde, no período de 2017 a 2021.

Material e Métodos

Foram coletados dados sobre Cobertura Vacinal de Hepatite B no estado do Pará, disponíveis no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), selecionando-se, para geração da tabela, na linha, “Unidade de Saúde (CIR)” e “Capital”; e na coluna, “Unidade da Federação”, além dos filtros “Imuno” e “Hepatite B” e assinalados os anos de 2017 a 2021. Não houve distinção de faixa etária nem de sexo para obtenção dos dados nesta pesquisa.

Resultados e Conclusão

O Ministério da Saúde indica que a cobertura vacinal mínima para uma prevenção adequada é de 95% do público alvo. No Pará, a média de cobertura vacinal no período analisado foi de 58,6%. A região de Saúde com maior cobertura foi Metropolitana III, com 74,5%, seguida de Araguaia, com 73% e Xingu, com 72,8%. A região com menos cobertura foi Marajó II, com 36,9%. A capital do estado – Belém – apresentou, no período analisado, média de 58,3% e a região Metropolitana I, na qual se encontra a capital do estado, apresentou 57,9% de cobertura vacinal para Hepatite B.
Ainda há muito a se fazer para alcançar a meta estipulada pelo Ministério da Saúde; nenhuma região apresentou cobertura vacinal dentro do intervalo esperado. Além disso, o dado referente à Marajó II, com 36,9% de cobertura, pode refletir uma problemática geográfica, no que tange ao acesso ao imunobiológico em questão. É importante que haja medidas para a adequação do programa de vacinação, para que a meta do Ministério da Saúde seja alcançada.

Palavras-chave

Hepatite B; Cobertura Vacinal; Imunização.

Área

Eixo 05 | Imunizações/ Saúde do viajante

Autores

Raiula Gabriela da Silva Teixeira, Amanda Gabriela Freitas Rodrigues, Andressa Bastos Britto, Lucas dos Santos Fontes, Flávia Silva Mendonça, Marcos Saulo Salviano Santana, Matheus Ricardo Malveira Camacho, Izaura Maria Vieira Cayres Vallinoto