57º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical

Dados do Trabalho


Título

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE BIOLÓGICA IN VITRO DA SECREÇÃO LARVAL DE DIPTERO FRENTE A PROTOZOÁRIO

Introdução

As doenças tropicais negligenciadas (DTNs) impactam o mundo nas áreas da saúde, social e econômica e o Brasil é um dos países que mais sofre com o descaso dessas enfermidades. A Leishmaniose é uma dessas doenças, causada por protozoários da família Trypanosomatidae do gêneros Leishmania. As estratégias terapêuticas atuais para leishmaniose são restritas e o tratamento é com antimoniais pentavalentes e com a Anfotericina B, considerada de segunda escolha para o tratamento. Contudo, a quimioterapia disponível é limitada e a eficácia está longe do ideal, pois não existe terapia medicamentosa satisfatória para todas as formas que a doença pode apresentar. Diante disso, a busca por novas terapias mais eficientes, menos danosas e mais seguras é de extrema importância. Lucilia cuprina é uma espécie da família Calliphoridae, que tem sido usada na área médica em bioterapia por apresentar atividade necrobiontófaga comprovada. A atividade antiparasitária do uso da secreção larval já foi descrita como eficiente sobre alguns protozoários

Objetivo(s)

Objetivo do presente trabalho foi verificar a atividade da secreção larval de L. cuprina em formas promastigotas de L. amazonensis

Material e Métodos

Para os testes in vitro foram utilizadas larvas estéreis de terceiro instar de L. cuprina. A secreção larval foi obtida após incubação com solução PBS por 5h. Os protozoários foram mantidos em meio Schneider, a 27ºC por 15 dias e o ensaio experimental foi realizado em triplicata utilizando placas de cultivo celular de 96 poços. As concentrações analisadas foram de 0,25, 0,5, 1 e 2% de secreção. Como controles negativo e positivo foram usados DMSO e Anfotericina B respectivamente. As placas foram mantidas à 37ºC por 24 horas, em seguida realizada a leitura para verificar a mortalidade de promastigotas.

Resultados e Conclusão

Constatou-se que nesse período os tratamentos apresentaram diferença significativa nas concentrações de 0,25%, 1% e 2% de secreção larval sendo eficientes em reduzir a viabilidade do parasita em 43,33%, 60% e 37,33%, respectivamente. Sendo assim, conclui-se que a secreção larval de L. cuprina reduziu o número promastigotas de L. amazonensis in vitro nas diferentes concentrações avaliadas.

Palavras-chave

Leishmaniose; Bioterapia; Calliphoridae.

Área

Eixo 06 | Protozooses

Categoria

NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador

Autores

Litiérri Razia Garzon, Mateus Fracasso, Talissa Santos, Ariely Rodrigues, Lucas Souza, Bianca Fagan Bissacotti, Janine Marques Silva, Gabriela Anhãnha Fonseca, Daniel Roulim Staink, Silvia Gonzalez Monteiro