Dados do Trabalho

Título

Controle de Aedes spp. e Culex spp. em pontos estratégicos com Estações Disseminadoras de Larvicida, no município de Manaus – AM

Introdução

O mosquito Aedes aegypti é responsável, no Brasil, pela transmissão de diversas arboviroses como a dengue, Zika, Chikungunya e Febre Amarela. As formas de controle usuais utilizadas demonstram ineficiência no controle das populações desse vetor

Objetivo(s)

Este trabalho teve como objetivo avaliar o controle de Aedes spp. e Culex spp. em pontos estratégicos (PE’s), através de Estações Disseminadoras de Larvicida (EDL’s) com Piryproxyfen (PPF), na cidade de Manaus-AM

Material e Métodos

Os PE’s da cidade de Manaus são de responsabilidade de quatro distritos de saúde (DISA’s). Em cada DISA, foram selecionados 20 PE’s, 10 pertencentes ao grupo controle (GC) e 10 ao grupo de intervenção (GI), para um total de 80 PE’s avaliados. Nos pontos do GI foram instaladas EDL’s. Mensalmente as equipes de Agentes de Combate às Endemias (ACE’s) visitam os PE’s selecionados e realizam a captura de mosquitos adultos utilizando aspirador mecânico de Nasci e a manutenção das EDL’s instaladas. Foram realizadas análises exploratórias e descritivas a partir de indicadores entomológicos de adultos e a positividade dos PE’s, considerando a densidade populacional por captura de espécimes adultos, durante o período de setembro de 2020 a maio de 2022

Resultados e Conclusão

Até o momento, se capturaram um total de 3.705 mosquitos adultos, sendo 1.600 pertencentes ao GC e 2.105 ao GI. Culex spp. foram os mais abundantes (2.152 [F:1.106;M:1.254]), seguidos de Ae. aegypti (1.385 [F:668;M:801]) e Ae. albopictus (168 [F:83;M:94]). O Indicador de Fêmeas de Adultos (IFA) para Ae. aegypti. foi de 27,08 (IC95% [15,25-41,68]) no GC e 13,70 (IC95% [9,83-18,44]) no GI. Para Ae. albopictus o IFA foi de 2,37 (IC95% [0,50-4,23]) no GC e 2,66 (IC95% [0,51-4,82]) no GI. Já Culex spp. o IFA foi de 30,91 (IC95% [21,14-40,68]) no GC e de 30,76 (IC95% [23,01-38,51]) no GI. Quanto à positividade de PE’s para Ae. aegypti ao longo do estudo, apresentou-se menor porcentagem de pontos positivos no GI (10,7%) em comparação ao GC (18,6%). Para Aedes aegypti houve uma redução no número de fêmeas adultas nos PE’s pertencentes ao GI (com EDL’s), em comparação ao GC. Para Culex spp. a estratégia não tem demonstrado resultados significativos, possivelmente devido a que os espécimes deste gênero preferem criadouros com características diferentes das oferecidas pelas EDL’s.

Palavras-chave

Pontos estratégicos, Controle Vetorial, Aedes aegypti, Culex, Estações Disseminadoras de Larvicida