57º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical

Dados do Trabalho


Título

Polimorfismos no gene PTX3 não estão associados à susceptibilidade à Hanseníase em pacientes do Nordeste Brasileiro

Introdução

A hanseníase é uma doença transmissível causada pelo Mycobacterium leprae, que acomete a pele e nervos periféricos, podendo cursar com deformidades permanentes. A PTX-3 é uma molécula de reconhecimento padrão (PRM) que faz parte da imunidade inata e é responsável pela opsonização de patógenos e regulação do sistema complemento. Devido à sua importância no reconhecimento de patógenos, polimorfismos no PTX3 podem estar relacionados à suscetibilidade e resistência de doenças como a hanseníase.

Objetivo(s)

Verificar a associação de polimorfismos no gene PTX3 com a susceptibilidade à hanseníase.

Material e Métodos

Nesse estudo foram incluídos pacientes maiores de 18 anos, com diagnóstico positivo para hanseníase entre 2019 e 2022, atendidos em dois centros de referências nos municípios de Petrolina-PE e Juazeiro-BA. O grupo controle foi formado por doadores de sangue da Fundação Hemoba em Juazeiro-BA. Os dados clínicos e laboratoriais foram coletados através da análise dos prontuários de cada paciente. O DNA genômico foi extraído a partir de amostras de sangue total. Dois polimorfismos (rs1840680 e rs2305619) no PTX3 foram determinados em amostras de casos e controles através da técnica de PCR em tempo real utilizando sondas de hidrólise pré-desenhadas (Applied Biosystems). Para a análise estatística foi utilizado o programa GraphPad Prism 8.0.1. Foram consideradas significativas associações com p <0,05.

Resultados e Conclusão

Foram incluídos um total de 149 pacientes com hanseníase e 192 controles saudáveis. Em relação ao rs1840680, foi observado uma frequência dos genótipos GG=38,5%, AG=44,4% e AA=10,7% no grupo caso e uma frequência de GG=42,7%, GA=41,6% e AA=15,6% no grupo controle (p=0,30). Para o rs2305619, houve uma distribuição de GG=27,7%, AG=47,2% e AA=24,3% no grupo caso e uma frequência de GG=27,0%, AG=50,5% e AA=19,7% no grupo controle (p=0,52). Não houve associação entre os polimorfismos rs1840680 e rs2305619 com a susceptibilidade à hanseníase em pacientes do nordeste brasileiro.

Palavras-chave

Hanseníase; imunidade inata; polimorfismos; suscetibilidade.

Área

Eixo 13 | Tuberculose e outras micobactérias

Autores

Ana Tércia Paulo Silva, Ana Clara Cadidé Gonzaga Moraes, Mirela Vanessa de Souza Sá, Clara Caldeira de Andrade, Lorena Viana de Andrade, Kamila Erika Ribeiro Lopes, Carlos Dornels Freire de Souza, Rodrigo Feliciano do Carmo