Dados do Trabalho

Título

EVOLUÇÃO DA INCIDÊNCIA DA SÍFILIS GESTACIONAL NAS CIDADES DE MATO GROSSO COM MAIS DE 30 MIL HABITANTES ENTRE 2010 E 2020.

Introdução

Introdução: A sífilis gestacional aumentou mais de cinco vezes na última década no Brasil. De 2010 a 2019, o aumento de sífilis em gestantes foi de 3,5 para 20,8 casos por 1.000 Nascidos Vivos (Ministério da saúde), junto a esse aumento, cresceram os casos de sífilis congênita de 1,4 para 8,2 casos por 1.000 nascidos vivos no período.
Nesse sentido o rastreio adequado da sífilis na gestação durante o acompanhamento pré-natal, e o tratamento adequado da gestante e de seu parceiro, pode evitar desfechos negativos para ambos e principalmente para o futuro recém-nascido. A transmissão da sífilis por via transplacentária pode resultar em casos de abortos, óbitos fetais e neonatais, prematuridade, baixo peso ao nascer entre outros desfechos indesejados.

Objetivo(s)

Objetivos: Descrever a evolução da incidência da sífilis gestacional nas cidades de mais de 30 mil habitantes no Estado de Mato Grosso.

Material e Métodos

Material e Métodos: Nesse estudo epidemiológico descritivo, foram analisados os dados de incidência de sífilis gestacional em gestantes dos municípios com mais de mais de 30.000 habitantes de MT no período de 2010 a 2020, usando os dados do SINAN (SISTEMA NACIONAL DE AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO) e dados populacionais obtidos junto ao DATASUS.
Os dados foram analisados utilizando-se os softwares WPS office e Epi 7(CDC). O presente estudo utilizou dados obtidos de bancos de dados oficiais, com dados agregados e sem possibilidade de identificação individual dos sujeitos, dispensando-se o trâmite desta pesquisa no sistema CEP/CONEP de acordo com a resolução 510/CNS.

Resultados e Conclusão

Resultados e Conclusão: Durante o estudo, observou-se um aumento da incidência da sífilis gestacional de 9,41/100.000 habitantes em 2010 para 26,10/100.000 habitantes em 2020, com pico de 36,30/100.000 habitantes em 2019. A evolução da incidência demonstra uma tendência ao crescimento da incidência com R-quadrado com um valor de 0,81 e p=0,0001.
Os resultados permitem concluir que a incidência de sífilis gestacional vem aumentando consistentemente nas maiores cidades do Estado de Mato Grosso. Além da possível melhora da operacionalização dos sistemas de informação no período estudado, outros fatores devem ser considerados para o aumento dos casos, como baixa adesão às medidas preventivas, falta de acesso ao pré-natal, dificuldades no tratamento de pacientes, falta de ações de controle de contactantes e falta de acesso ao tratamento.
Agências Financiadoras: Não se aplica.

Palavras-chave

Palavras-chave:Sífilis Congênita, Epidemiologia, Gravidez