Dados do Trabalho

Título

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE HANSENÍASE NA REGIÃO METROPOLITANA I DO ESTADO DO PARÁ DE 2011 A 2021

Introdução

A hanseníase, doença infecto-contagiosa de notificação compulsória, tem como agente etiológico o Mycobacterium leprae, cuja predileção se dá pela pele, olhos e nervos periféricos. Seu caráter crônico acarreta em um problema de saúde pública persistente, visto que o não tratamento pode ocasionar deformidades e incapacidades físicas.

Objetivo(s)

A pesquisa tem por objetivo avaliar o perfil epidemiológico dos casos de hanseníase na região metropolitana I do estado do Pará no período de 2011 a 2021 e desta forma, busca identificar os grupos sociais mais afetados e possíveis fatores de risco.

Material e Métodos

Trata-se de um estudo do tipo retrospectivo quantitativo a partir de dados obtidos no DATASUS. Foi utilizada a variável do número total de casos notificados. Com isso, subdividiu os casos de acordo com a classificação da OMS e perfil epidemiológico no período de 2011 a 2021.

Resultados e Conclusão

Nos resultados encontrados, foram notificados 8.386 casos entre os anos de 2011 e 2021, sendo 6.599 na forma Multibacilar (78,7%), prevalecendo o tipo Dimorfa (68,5%), e 1.769 na forma Paucibacilar (21%), com predomínio da forma Tuberculóide com 1.214 (68,6%). Além disso, nota-se que o ano com mais casos de Hanseníase notificados foi 2017, com 911 (10,8%) e, entre os municípios, Marituba se destacou com 4.531 (54%) moradores afetados entre os anos observados. Ademais, é valido ressaltar que no perfil epidemiológico, a raça Parda preponderou entre as demais, com 6.693 (79,8%). Assim como, o gênero masculino prevaleceu com 4.978 (59,3%) e, por fim, a idade mais afetada ficou acima de 15 anos 7.750 (92,4%).
CONCLUSÃO: Durante o período estabelecido, prevaleceu na Região Metropolitana I o diagnóstico da forma Multibacilar (MB), sendo esse, um importante fator de risco para a infecção pelo bacilo. Além disso, a cidade de Marituba foi responsável por notificar a maioria dos casos da região, visto que possui o único centro especializado em hanseníase do estado. Outras variáveis, demostram que a doença é mais prevalente na população ativa na faixa etária acima de 15 anos e do gênero masculino. Assim, é necessário a ampliação da cobertura pela Estratégia Saúde da Família nessa região, reduzindo focos de contágio, prevenindo incapacidades e incentivando a adesão ao tratamento com a PQT, através do diagnóstico precoce, para assim, alcançarmos as metas da Estratégia Global para Hanseníase.

Palavras-chave

Epidemiologia; Hanseníase; Infectologia.