Dados do Trabalho

Título

ANÁLISE DAS INTERNAÇÕES HOSPITALARES POR LEISHMANIOSE VISCERAL NA REGIÃO NORDESTE DO BRASIL ENTRE 2017 e 2022.

Introdução

A leishmaniose visceral é uma doença crônica grave causada por protozoários do gênero Leishmania. Atualmente, o combate às leishmanioses é umas das prioridades da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Brasil. Diante disso, para combater a doença é necessário o controle de vetores e reservatórios, proteção individual, diagnóstico precoce e tratamento dos doentes, manejo ambiental e educação em saúde. Logo, para que as ações sejam efetivas é necessário a atualização constante dos dados epidemiológicos das regiões endêmicas.

Objetivo(s)

Analisar o perfil epidemiológico das internações por Leishmaniose Visceral na região nordeste do Brasil entre 2017 e 2022.

Material e Métodos

Estudo observacional, transversal, analítico-descritivo e quantitativo. Os dados acerca das internações por leishmaniose visceral foram obtidos através do DATASUS – Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS), entre os anos de 2017 e 2022.

Resultados e Conclusão

RESULTADOS: No período analisado, ocorreram 10.974 internações por Leishmaniose Visceral em todo o Brasil, sendo que o nordeste apresentou o maior valor dentre as regiões, com 5901 casos (53,77 %), sendo 2018 o ano mais prevalente (1585 casos). Dentre os estados nordestinos, o Maranhão apresentou a maior quantidade de internações com 1526 (25,91%), seguido de Ceará e Piauí com, respectivamente, 1058 (17,92%) e 856 (14,50%) casos. Ademais, Maranhão e Ceará obtiveram maior tempo de internação, com 22,16% e 16,53% respectivamente. Vale ressaltar ainda que o Rio Grande do Norte e Maranhão apresentaram as maiores taxas de mortalidade, com 6,59 e 5,64 respectivamente. Em relação ao perfil epidemiológico, o sexo masculino apresentou mais internações com 3843 casos (65,12%). Na faixa etária, a maior ocorrência foi entre 1-4 anos, 30-39, 5-9 e 20-29 anos, apresentando, respectivamente, 1688 (28,60%), 602 (10,20%), 578 (9,79%) e 578 (9,79%) internados. Na cor/raça, as internações foram mais prevalentes nos pardos com 2971 ocorrências (50,34%).

CONCLUSÃO: O Maranhão apresentou o maior número e o maior tempo de internação. Entretanto, o Rio Grande do Norte se destacou com a maior taxa de mortalidade. Além disso, o perfil traçado demonstrou maior prevalência dessa patologia, na região nordeste, em homens, pardos, de faixa etária infantil e adultos jovens.

Palavras-chave

Leishmaniose visceral; Perfil epidemiológico; Hospitalização.