Dados do Trabalho

Título

Perfil epidemiológico da mortalidade por influenza na região paraense entre os anos de 2016 a 2020

Introdução

A gripe consiste em uma infecção viral aguda do trato respiratório que acomete todas as faixas etárias, sendo causada principalmente pelo vírus influenza A e B. Esses patógenos se caracterizam por manifestarem sintomas de faringite e traqueobronquites e por apresentarem elevada transmissibilidade e o pico da sua incidência durante os meses de inverno. Essa síndrome respiratória têm sido relacionada a um aumento no número de internações e na mortalidade, principalmente em pacientes idosos, portadores de doenças crônicas e imunodeprimidos. Nesse sentido, mostra-se necessário evidenciar a distribuição e a extensão dessa infecção no período em questão no estado do Pará.

Objetivo(s)

O presente trabalho teve como objetivo realizar um levantamento epidemiológico da mortalidade por Influenza no estado do Pará no período de 2016 a 2020.

Material e Métodos

Trata-se de um estudo epidemiológico transversal descritivo, pautado em dados tabulados pelo departamento de informática do Sistema Único de Saúde do Brasil (DATASUS), analisando a mortalidade geral por influenza nas variáveis: faixa etária, sexo, cor/raça, escolaridade, no período de 2016 a 2020.

Resultados e Conclusão

Entre os anos de 2016 e 2020, constatou-se que 245 pessoas faleceram em decorrência de infecção pelo vírus da influenza. Acerca da epidemiologia, foi possível conferir mais registros dessa causa de óbitos na população idosa, sendo que a faixa etária mais acometida foi a de 80 anos ou mais (61 casos, 24,9%), seguida pela de 70 a 79 anos (51 casos, 20,8%) e pela de 60 a 69 anos (38 casos, 15,5%). Quanto ao sexo registrado para esses casos, os pacientes do sexo masculino foram mais acometidos, com 51% dos casos, em comparação às pacientes do sexo feminino. Em relação aos aspectos étnicos,os pacientes identificados como pardos foram mais prevalentes (68,5%), seguidos dos de cor branca ( 22,8%). Além disso, excluindo a classificação “ignorado”, pacientes de escolaridade de 1 a 3 anos foram os mais prevalentes, totalizando 54 casos, seguidos por “nenhuma”(19,1%).

Sendo assim, constatou-se elevado índice de mortalidade em pessoas idosas, do sexo masculino, pardos, e com escolaridade de 1 a 3 anos. Portanto, é necessário que haja uma melhor e maior abordagem deste tema, sobretudo no âmbito da Atenção Básica de Saúde, com o intuito de instruir a população em vulnerabilidade acerca do tema e das medidas de prevenção, a fim de evitar piores desfechos em pessoas com o vírus Influenza.

Palavras-chave

Influenza, Gripe, Vírus, Mortalidade