Dados do Trabalho
Título
AVALIAÇÃO DAS ALTERAÇÕES HISTOPATOLÓGICAS E DO PERFIL DE RESPOSTA IMUNE EM CÉREBRO DE PRIMATAS NÃO HUMANOS (PNH) INFECTADOS NATURALMENTE PELO VÍRUS DA FEBRE AMARELA (YFV)
Objetivo(s)
Avaliar as alterações teciduais e o perfil de citocinas no cérebro de Callitrix sp. e Alouatta sp. naturalmente infectados pelo YFV
Material e Métodos
Foram selecionadas 22 amostras do Sistema Nervoso Central (SNC) sendo 8 do gênero Alouatta sp. e 14 do gênero Callithrix sp. positivas para YFV no fígado por IHQ e posteriormente testadas por imuno-histoquímica (IHQ) para detecção do antígeno de YFV no cérebro.
Resultados e Conclusão
Observou-se positividade para 5 amostras do gênero Callithrix sp. (5/14; 35,7%) e 7 (7/8; 87,5%) do gênero Alouatta sp. Foram analisadas as áreas da meninge, parênquima e região perivascular. Observou-se na meninge: presença de congestão células inflamatórias, edema difuso/perivascular e hemorragia, no parênquima: morte celular, degeneração e neuronofagia e região perivascular: congestão, células inflamatórias, edema e hemorragia. Embora maior positividade no gênero Alouatta sp. observou-se maior número de lesões nas amostras de Callithrix sp. na meninge (congestão p<0,05, edema perivascular e hemorragia P<0,0001). Analisamos o perfil de marcações das citocinas TNF-α, IFN-γ, IL-1β, IFN-β, IL-12 (perfil Th 1), IL-4, IL-10, IL-13, TGF-β (perfil Th2) e Caspase 3 (apoptose) havendo forte significância com p<0,0001 para as citocinas quando analisadas em conjunto levando em conta o SNC como um todo e em todos os casos o parênquima foi a região que apresentou o maior número de marcações. Quando comparamos as marcações na meninge x parênquima e parênquima x perivascular tivemos forte significância para as duas espécies, no entanto não houve diferença estatística entre o número de marcações entre meninge x perivascular para as citocinas nas duas espécies de PNH. Embora a resposta imunológica de perfil Th1 e Th2 atuem em conjunto, também são antagônicas, haja vista que o IFN-γ modula negativamente a resposta Th2 e a expressão de IL-4 e a IL-10 modulam negativamente a resposta Th1, podemos perceber em nosso estudo que a uma maior expressão de IL-4 e IL-10 em detrimento de IFN-γ, tendo assim uma modulação de resposta para o perfil Th2 o que parece ser característico entre flavivírus. Conclusão: Mais estudos de IHQ utilizando marcadores celulares é necessário para saber quais células são mais evidentes no desenvolvimento da resposta imunológica, bem como estudo de outras espécies que podem estar sendo infectadas pelo YFV, permitindo assim o entendimento do real impacto da infecção viral no SNC.
Palavras-chave
Febre amarela; PNH; flavivírus
Área
Eixo 14 | Outros
Categoria
(Concorra com apenas um trabalho) Concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador - Mestrado
Autores
Suzana Ribeiro de Melo Oliveira, Daniele Barbosa de Almeida Medeiros