57º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical

Dados do Trabalho


Título

COBERTURA VACINAL DE FEBRE AMARELA NAS REGIÕES DE SAÚDE DO ESTADO DO PARÁ DE 2017 A 2021

Introdução

Sendo transmitido pelos mosquitos Haemagogus spp. e Sabethes spp., em áreas florestais, e pelo mosquito Aedes aegypti, em áreas urbanas, a Febre Amarela é uma doença viral infecciosa, não contagiosa e endêmica em regiões tropicais, como África e as Américas Central e do Sul. Pode cursar com sintomas brandos, como febre e dor de cabeça, assim como ocasionar, em sua forma grave, dor abdominal intensa, sangramentos em sistema digestivo, insuficiência renal e hepática, o que causa icterícia – dando nome ao agravo. É um acometimento de elevada importância epidemiológica e tem como sua principal forma de prevenção a vacinação.

Objetivo(s)

Identificar a Cobertura Vacinal contra o agravo Febre Amarela no estado do Pará e em suas 13 regiões de saúde, entre 2017 e 2021.

Material e Métodos

Foram analisados dados sobre Cobertura Vacinal do imunobiológico Febre Amarela no estado do Pará, coletados na plataforma on-line do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Foram selecionados os anos de 2017 a 2021, e assinalados, para geração de tabela, na linha, “Unidade de Saúde (CIR)” e “Capital”; e na coluna, “Unidade da Federação”, além dos filtros “Imuno” e “Febre Amarela”. Todas as faixas etárias foram estudadas nesta pesquisa, além de não ter sido feita distinção de gênero.

Resultados e Conclusão

O Ministério da Saúde (MS) indica que a cobertura vacinal mínima para uma prevenção adequada é de 95% do público alvo. No Pará, a média de cobertura vacinal no período analisado foi de 55,9%, enquanto que Belém, sua capital, apresentou 55,4% de cobertura vacinal. A região de saúde com maior cobertura foi Xingu, com 66,3%, seguida de Metropolitana III (62,9%), de Metropolitana II (62%), Tapajós (60,5%), Araguaia (59,8%), Carajás (59,7%), Rio Caetés (58,1%), Lago de Tucuruí (58%), Tocantins (57,2%), Marajó I (55,2%), Baixo Amazonas (53,7%), Metropolitana I – região na qual a capital do estado está localizada – (49,6%) e Marajó II (39,4%). A meta de 95% de Cobertura Vacinal estipulada pelo Ministério da Saúde para prevenção adequada está longe de ser alcançada. Há uma discrepância acentuada entre as regiões, variando de 66,3%, na região de maior cobertura, para 39,4%, na de menor. Contudo, ambas ainda estão com médias de cobertura vacinal abaixo do esperado. Assim, é importante que haja medidas para identificar e corrigir as falhas no sistema de vacinação do estado do Pará, para que seja alcançada uma prevenção adequada desse agravo.

Palavras-chave

Febre Amarela; Cobertura Vacinal; Imunização.

Área

Eixo 05 | Imunizações/ Saúde do viajante

Categoria

NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador

Autores

Lucas dos Santos Fontes, Bernardo Freire da Silva Arruda, Amanda Gabriela Freitas Rodrigues, Andressa Bastos Britto, Raiula Gabriela da Silva Teixeira, Marcos Saulo Salviano Santana, Caio Henrique Duarte de Castro Ribeiro, Pedro Manuel Mendes de Oliveira Silva, Vinicius Antônio Pimentel Guimaraes, Matheus Ricardo Malveira Camacho, Izaura Maria Vieira Cayres Vallinoto