Dados do Trabalho
Título
AUSÊNCIA DE ASSOCIAÇÃO DO GRUPO SANGUÍNEO ABO COM A INFECÇÃO PELO SARS-COV-2 E A MANIFESTAÇÃO CLÍNICA DA COVID-19
Introdução
A suscetibilidade à infecção pelo SARS-CoV-2 e o desenvolvimento da COVID-19 têm sido associada a diferentes aspectos do hospedeiro, incluindo uma possível associação com o grupo sanguíneo ABO.
Objetivo(s)
Avaliar a associação entre o grupo sanguíneo ABO com a presença de anticorpos IgG anti-SARS-Cov-2 e a gravidade da manifestação clínica da COVID-19.
Material e Métodos
O presente estudo incluiu 141 amostras de sangue de pacientes diagnosticaods com COVID-19, sendo 90 do sexo feminino e 51 do sexo masculino. A tipagem sanguínea foi realizada por teste de aglutinação e a testagem para IgG anti-SARS-Cov-2 por ensaio de imunoabsorção enzimática (ELISA). Para a análise dos resultados, utilizou-se o teste G e o teste qui-quadrado, usando-se o software BioEstat 5.0v.
Resultados e Conclusão
Dos 141 pacientes, 53 possuíam sangue do tipo A (37,6%), 18 do tipo B (12,8%), 4 do tipo AB (2,8%) e 66 do tipo O (46,8%). Dos pacientes do grupo sanguíneo A 88,6% foram positivos para IgG anti-SARS-CoV-2, no grupo B 88,9%, no grupo AB 75% e no grupo O 90,9%, sem diferenças sugnificativas (p=0,8656). Entre a população feminina, 89,9% possuíam IgG+ e entre o sexo masculino, 90,1% (p=0.9662). A análise desses resultados não sugerem, portanto, relação entre o grupo sanguíneo ABO e uma possível suscetibilidade à infecção medida pela presença de anticorpos IgG anti-SARS-Cov-2. Quando avaliada a relação entre o tipo sanguíneo e a manifestação clínica da COVID-19, dentre os 53 pacientes do grupo sanguíneo A, 77,4% manifestaram a forma leve da COVID-19, 3,7% a forma moderada e 18,9% a forma grave. Do grupo B, 72,2% apresentaram forma leve, 5,6% forma moderada e 22,2% forma grave. Do grupo AB, 75% tiveram forma leve e 25% a forma grave, não havendo manifestação da forma moderada da doença neste subgrupo populacional. No grupo O, 86,3% apresentaram a forma leve, 6,1% a forma moderada e 6,6% a forma grave. Na análise estatística (teste G) não mostrou associação entre a presença do grupo sanguíneo e a gravidade da manifestação clínica do COVID-19 (p=0,6354). Quando realizada a análise de associação entre o sexo e a o quadro clínico da COVID-19, observou-se maior prevalência (p=0,0368) dos casos graves entre os homens (17,7%) quando comparado as mulheres (12,2%), que apresentou maior número de casos leves (80%) e moderados (7,8%). Os resultados sugerem que a gravidade da COVID-19 pode ser mais frequente no sexo masculino, independente do grupo sanguineo.
Palavras-chave
COVID-19, Grupo sanguineo ABO, SARS-CoV-2
Área
Eixo 09 | COVID-19
Categoria
NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador
Autores
MARIANA CAYRES VALLINOTO, MARIA ALICE FREITAS QUEIROZ, MARIA KAROLINY DAS SILVA TORRES, ERIKA FERREIRA DOS SANTOS, FLÁVIA PÓVOA DA COSTA, KEVIN MATHEUS LIMA DE SARGES, ADRIANA DE OLIVEIRA LAMEIRA VERÍSSIMO, IZAURA MARIA VIEIRA CAYRES VALLINOTO, LUIZ FÁBIO MAGNO FALCÃO, EDUARDO JOSÉ MELO DOS SANTOS, ANTONIO CARLOS ROSÁRIO VALLINOTO