Dados do Trabalho
Título
Análise de mortalidade por covid-19 segundo faixa-etária e esquema vacinal no Distrito Federal no ano de 2022
Introdução
O ano de 2022 é o terceiro ano que o mundo lida com as consequências da pandemia da covid-19 e, a Vigilância Epidemiológica do Distrito Federal ainda recebe notificações provenientes da rede privada e pública. Entretanto, as ondas de casos que ocorreram no segundo semestre de 2021 e, especialmente as duas ondas registradas até junho de 2022, foram marcadas por um número muito reduzido de hospitalizações e óbitos. Paralelamente, é sabido que a vacinação para a covid-19 teve início em janeiro de 2021 com dois tipos de vacina, para grupos prioritários, ambas com um esquema vacinal básico de duas doses. Atualmente o Brasil conta com pelo menos quatro tipos de vacinas e um esquema vacinal com múltiplas doses de reforço, que podem combinar fabricantes, e contempla a população a partir de cinco anos de idade. Embora não se possa traçar uma relação causal explícita, a vacinação em massa da população é uma das hipóteses mais aceitas para a diminuição da mortalidade por covid-19.
Objetivo(s)
Analisar a mortalidade por covid-19 segundo faixa-etária e esquema vacinal.
Material e Métodos
O software R foi utilizado para a análise. Consideram-se vacinados, os indivíduos que receberam o esquema básico (primeira e segunda dose ou dose única) e dose de reforço ou, indivíduos com esquema básico ainda aguardando prazo para aplicação da dose de reforço. Para o cálculo da população vacinada no Distrito Federal, foi utilizado o banco de dados abertos do DataSUS agrupado por faixa-etária.
Resultados e Conclusão
Dos 513 óbitos ocorridos em 2022, 366 (71,3%) ocorreram em pessoas não vacinadas ou com esquema vacinal incompleto e 147 (28,7%) no grupo de pessoas que haviam completado o esquema vacinal. As taxas de mortalidade foram mais elevadas no grupo não vacinado para todas as faixas-etárias, sendo que a maior diferença foi encontrada para o grupo de 80 ou mais anos. Para esta faixa, a mortalidade do grupo não vacinado foi mais de 13 vezes maior que a do grupo vacinado (2735,2 e 206,1 óbitos/ 100 mil respectivamente). Salienta-se que 85% do total de indivíduos vacinados que vieram a óbito apresentavam pelo menos uma comorbidade e a uma idade média de 79 anos. Os resultados destas análises demonstram o potencial protetor da vacinação em todas as faixas etárias. Dessa forma, os gestores da saúde devem propor estratégias de resgate da população faltosa, em especial de idosos com comorbidades, que se mostraram com maior risco de morrer em decorrência da covid-19.
Palavras-chave
Vacinação, Dose de Reforço, Idosos, Dados Massivos
Área
Eixo 09 | COVID-19
Categoria
NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador
Autores
Priscilleyne Ouverney Reis, Tamara Talita Rodrigues Dias, Thayna Maria Holanda Souza, Caio Júnio Leite Alencar, João Pedro Angelici Virginio, Carolina Musso, Alessandra Araújo Siqueira