Dados do Trabalho

Título

INCIDÊNCIA DOS ACIDENTES POR ANIMAIS PEÇONHENTOS NOS MUNICÍPIOS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE-BRASIL (2017-2021).

Introdução

Os acidentes por animais peçonhentos se tornaram um problema de saúde em todo o mundo, principalmente em países latino americanos, onde a diversidade de espécies peçonhentas é maior. Para auxílio dos órgãos e gestores públicos, utiliza-se o Sistema de Informação Geográfica (SIG), o qual facilita as ações de vigilância na orientação e entendimento de áreas/territórios de risco para determinadas doenças/agravos. A incidência é um dado epidemiológico simples nas ações de saúde, sendo utilizada para determinar o risco de uma população em relação a uma doença/agravo.

Objetivo(s)

O presente artigo teve como objetivo observar a incidência dos acidentes por animais peçonhentos nos municípios do estado do Rio Grande do Norte (RN), no período de janeiro de 2017 a dezembro de 2021, demonstrando por meio de mapas as áreas de alta e baixa incidência.

Material e Métodos

A amostra do estudo foi composta por 34.431 casos notificados de acidentes por animais peçonhentos, com uma taxa de incidência no RN de 10,87 casos por 1.000 habitantes. Os dados foram coletados por meio do Sistema Nacional de Notificação (SINAN) disponibilizados pelo Ministério da Saúde no DATASUS. As estimativas populacionais empregadas para o cálculo do coeficiente de incidência (Inc. = Nº de Casos * População / 1.000 Hab.) e as bases cartográficas digitais foram obtidas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O SIG utilizado neste estudo é o software Quantum GIS (QGIS), que é uma ferramenta que possibilita análise de dados espaciais, visualização, edição e ainda permite aos usuários criar mapas com multicamadas utilizando diversas projeções cartográficas.

Resultados e Conclusão

O município com maior número de acidentes foi a capital Natal, com 14.462 acidentes notificados, e o de menor número de acidentes foi Pilões, com apenas 2 acidentes notificados. Analisando as taxas de incidência dos municípios, observou-se que as cidades de Baía formosa (42,5 casos por 1.000 hab.), Tibau (33,9 casos por 1.000 hab.) e Cerro-Corá (25,5 casos por 1.000 hab.) obtiveram as maiores taxas do Estado. Já as menores taxas são registradas nos municípios de Pilões (0,6 casos por 1.000 hab.) e Martins (0,9 casos por 1.000 hab.). Conclui-se que alguns municípios do Estado do RN possuem taxas de incidências acima do da incidência do Estado (10,87 casos por 1.000 hab.) e que ações de vigilância, estratégias de educação e disponibilidade de soro devem ser norteadas para essas áreas.

Palavras-chave

Acidentes por Animais Peçonhentos; Incidência; Vigilância.