Dados do Trabalho

Título

Frequência de cães soropositivos no teste rápido (DPP- LVC®) para leishmaniose visceral canina em Curitiba e região metropolitana PR

Introdução

A Leishmaniose Visceral Canina (LVC) é causada pela Leishmania infantum e sua transmissão ocorre por intermédio da picada do inseto vetor da espécie Lutzomyia longipalpis e Lutzomyia cruzi 1,2. A enfermidade é considerada como uma doença tropical negligenciada 3, sendo responsável por cerca de 3.500 (três mil e quinhentos) novos casos por ano, segundo o Boletim Epidemiológico de Leishmaniose em 2020 4. Compreendida a relevância da doença no contexto da Saúde Pública e o surgimento de novos casos anualmente no país, considerando os casos subnotificados 5

Objetivo(s)

o objetivo do estudo foi verificar a soropositividade aleatoriamente em cães atendidos ou participantes de projetos de extensão realizados pelo curso de medicina veterinária da UniCesumar Curitiba.

Material e Métodos

os cães foram atendidos e a coleta de sangue venosa realizada. O soro foi separado para a realização do teste DPP ® LVC – Biomanguinhos®, de acordo com as recomendações dos fabricantes. Para verificar possíveis reações cruzadas foi realizado também o teste Snap 4Dx – Idexx ®, nos animais soropositivos no DPP-LVC®, que tem como objetivo avaliar a presença de anticorpos contra os agentes infecciosos que causam a dirofilariose, erliquiose, doença de Lyme e anaplasmose.

Resultados e Conclusão

Como resultado foi possível realizar o DPP-LVC ® em 98 cães, machos e fêmeas, de todas as idades e com e sem raça definida. Dos 98 cães 8 (8,1%) foram soropositivos no DPP-LVC ®, e somente um desses cães foi reagente no teste Snap 4Dx – Idexx ® indicando anticorpos contra Anaplasma spp. Podemos concluir que o monitoramento e vigilância da LVC em Curitiba e região metropolitana é de grande importância, uma vez que não há relatos na literatura de casos autóctones, porém a observação de casos importados de outros estados ou de cidades próximas, como foz do Iguaçu e Florianópolis, sejam frequentes. Trata se de um estudo inicial e de vigilância da LVC sendo necessária a confirmação de todos os casos, já que somente um caso foi reagente no Snap 4Dx – Idexx ®, o que poderia indicar uma reação cruzada com outro hemoparasito, portanto falso-positivo no DPP-LVC®. Esperamos contribuir com o conhecimento e vigilância da LVC em Curitiba e região metropolitana.

Palavras-chave

Soropositividade, Leishmaniose visceral canina, vigilância