Dados do Trabalho

Título

VIGILÂNCIA VIROLÓGICA DE VÍRUS RESPIRATÓRIOS EM PACIENTES PEDIATRICOS COM PNEUMONIA.

Introdução

As pneumonias são, em pediatria, responsáveis por grande demanda em consultórios e internação em pediatria. Dados do UNICEF demonstram que pneumonia lidera como causa de mortalidade dentre as doenças infecciosas. Em crianças menores de cinco anos de idade, são mais que 800.000 mortes por ano (2.200/dia). No Brasil, dados do Ministério da Saúde, estimam que, na Paraíba, no mês de janeiro de 2020, foram internados 555 pacientes com pneumonia. Destes, 150 (26,8%) foram menores de 14 anos de idade. Em todo o mundo, esforços têm sido realizados para o diagnóstico etiológico das pneumonias, principalmente quanto a etiologia viral.

Objetivo(s)

Assim o objetivo deste trabalho foi identificar a prevalência da etiologia viral em pacientes menores de 10 anos portadores de pneumonia internados em um hospital de João Pessoa.

Material e Métodos

O projeto foi aprovado pelo comitê de ética e incluiu pacientes internados no Hospital Alberto Urquiza Wanderley em João Pessoa. As amostras foram coletadas utilizando o método de swab combinado (Nasofaringe e Orofaringe) e encaminhados para o Laboratório de Vigilância Molecular Aplicada da UFPB. A extração de RNA viral foi realizada utilizando kits de extração QIAamp Viral mini kit da Qiagen®. A detecção viral foi realizada por RT-PCR em tempo real para identificação de Vírus Influenza (Influenza A H1N1pdm09 e H3) e Influenza B, além de Rinovírus, Adenovírus, Metapneumovírus Humano, Vírus Sincicial Respiratório, Parainfluenza 1, 2 e 3, além do Bocavírus Humano utilizando o protocolo desenvolvido pelo Center for Disease Control and Prevention. Na detecção foram utilizadas amostras controle positivas dos respectivos vírus em plasmídeos sintéticos. O RT-PCR em tempo real foi realizado em equipamento de PCR em tempo real do modelo Quanstudio® 3

Resultados e Conclusão

Foram analisadas 78 amostras entre Maio de 2021 e maio de 2022, destas 22 amostras foram detectáveis para Vírus Sincicial Respiratório, 9 amostras para Rinovírus, 2 amostras para Bocavírus Humano, 2 amostras para Metapneumovírus, 1 amostras para Parainfluenza 1, 1 amostra para Influenza tipo A, subtipo H3N2. Foi identificada uma co-detecção de Vírus Sincicial Respiratório e Rinovírus. Os pacientes tinham entre 1 dia de vida e 10 anos, sendo 93% abaixo de 5 anos de idade. Os principais sintomas identificados foram, febre, tosse, dispneia e desconforto respiratório. Conclui-se que o Vírus Sincicial Respiratória foi o mais prevalente causando considerável número de internações.

Palavras-chave

Pneumonia, Detecção Molecular, Vírus Respiratórios