Dados do Trabalho

Título

Padrões de subpopulações de monócitos em portadores de Síndrome Pós-COVID-19 crônica com seqüelas na Amazônia, Pará, Brasil.

Introdução

A ativação desregulada de monócitos na COVID-19 crônica parece estar relacionada a necessitaram de hospitalização e ao surgimento de sequelas nesses pacientes.

Objetivo(s)

Caracterizar o padrão imunofenotípico de subpopulações de monócitos em pacientes pós-COVID-19 crônica que apresentaram algum tipo de sequela.

Material e Métodos

Estudo retrospectivo com 208 amostras de sangue periférico de pacientes, ambos os sexos, qualquer idade, que apresentavam algum tipo de sequela decorrente do curso crônico da COVID-19 e que procuraram a Clínica de Fisioterapia da Universidade Estadual do Pará (n= 102) para atendimento no período de março à dezembro de 2021, em comparação com pacientes em fase aguda da infecção pelo vírus SARS-CoV-2 (n= 19). Para todas as amostras foram realizadas as contagens automatizadas de monócitos, dosagem de ferritina e a definição das subpopulações de monócitos, por citometria de fluxo.

Resultados e Conclusão

O quantitativo de monócitos totais (8,84±5,05), ferritina (232,88±256,62) e de monócitos não clássicos (CD14fracoCD16++) (20,36±16,65) foram maiores em pacientes em fase aguda da COVID-19. Não houve diferença estatística (p=0,09467) para o total de monócitos intermediários (CD14+CD16+) entre pacientes em fase aguda ou com sequelas pós-COVID-19 crônica com menos de 7% de monócitos não-clássicos. A queixa clínica mais frequente foi mialgia (24,2%) em pacientes com sequelas pós-COVID-19 crônica com mais de 7% de monócitos não-clássicos.
Mesmo tendo-se observado diferença quantitativa para monócitos não clássicos (CD14fracoCD16++) entre os pacientes com sequelas pós-COVID-19 crônica, ainda assim, isso não parece estar relacionado ao tipo de sequela apresentada pelo paciente.

Palavras-chave

Imunofenotipagem, Monócitos, vírus SARS-CoV-19, COVID-19, Monócitos Matadores Ativados.