Dados do Trabalho

Título

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE SÍFILIS ADQUIRIDA DURANTE O PERÍODO DE 2010 A 2021 NO BRASIL

Introdução

A Sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) causada pela bactéria Treponena pallidum. É uma doença epidêmica no Brasil que tem seu tratamento negligenciado, caracterizada por lesões da mucosa nos órgãos genitais. A Sífilis adquirida se diferencia da congênita, por ser transmitida durante o sexo sem preservativo a partir do contato com as lesões ou por transfusão de sangue.

Objetivo(s)

Dessa forma, este trabalho tem como objetivo realizar uma avaliação do perfil epidemiológico dos casos de sífilis adquirida no Brasil
no período de 2010 a 2021.

Material e Métodos

Realizou-se um estudo descritivo, retrospectivo e quantitativo com base nos dados secundários fornecidos pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), do Departamento de informática do SUS (DATASUS). As informações coletadas foram armazenadas e tabuladas no programa Microsoft Office Excel™.

Resultados e Conclusão

RESULTADOS: Entre os 911.179 casos encontrados após análise do período avaliado, encontram-se os anos de 2017 com 122.172 casos (13,49%), 2018 com 159.232 casos (17,47%) e 2019 com 155.957 casos notificados (17,11%), sendo os 3 anos mais incidentes
do período analisado. A região com maior quantidade de notificações de casos de sífilis adquirida foi a região Sudeste, com 471.767 casos (51,77%), seguida pela região Sul, com 203.969 casos (22,38%). Ademais, foi identificado que pardos (35,62%), sexo masculino
(60,27%) e a faixa etária de 20 a 39 anos (56,95%) são as variáveis epidemiológicas mais acometidas. Após avaliação dos casos notificados, notou-se que 391 casos notificados (0,04%), evoluíram para óbito.

CONCLUSÃO: Infere-se, portanto, que houve uma significativa prevalência de casos de sífilis no Brasil, apesar desta ser uma doença de fácil prevenção, sendo o ano de 2018 com o maior índice de casos notificados. Diante desse contexto, evidencia-se a necessidade de orientar a população quanto às formas de prevenção e de tratamento dessa IST, com o intuito de minimizar a incidência de tal doença. Por fim, o diagnóstico precoce é fundamental para o tratamento adequado, logo, o incentivo à realização de testes rápidos, principalmente, entre a população de risco, torna-se imprescindível para o controle da sífilis.

Palavras-chave

Epidemiologia; Sífilis, IST