57º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical

Dados do Trabalho


Título

COBERTURA VACINAL DA HEPATITE B NA REGIÃO METROPOLITANA DE BELÉM DE 2015 A 2021

Introdução

A cobertura vacinal corresponde ao percentual de pessoas vacinadas e potencialmente protegidas contra determinada doença. Para a hepatite B, utiliza-se como parâmetro para o cálculo da cobertura vacinal o número de terceiras doses ofertadas. Nesse sentido, a meta estipulada pelo Ministério da Saúde é de 95%.

Objetivo(s)

Geral: Analisar a taxa de cobertura vacinal entre os anos de 2015 e 2021 na região metropolitana de Belém. Específico: Averiguar se houve variação da cobertura durante o período em análise.

Material e Métodos

Trata-se de um estudo epidemiológico, transversal, retrospectivo e quantitativo realizado a partir da coleta de dados do Departamento de Informática do SUS (DATASUS) acerca da cobertura vacinal da hepatite B, na região metropolitana de Belém, no período de 2015 a 2021. Os dados foram obtidos em 05 de junho de 2022.

Resultados e Conclusão

No recorte temporal estudado, observou-se que a menor cobertura para crianças de até 30 dias ocorreu no ano de 2016, com 49%; e, para o restante da população, em 2021, com 47,51%. Até o ano de 2016, a cobertura vacinal foi maior em neonatos em comparação à população em geral. Entretanto, em 2016 houve uma menor porcentagem de cobertura vacinal dos neonatos (49%) em relação à população geral (71,26%), assim como em 2020 (53,27% e 53,59%, respectivamente), situação oposta aos demais períodos estudados. Nos anos correspondentes à pandemia da COVID-19 (2020 e 2021), houve queda, em ambos os grupos, da cobertura vacinal, com os menores indicadores desde 2016 no caso de crianças até 30 dias de vida (53,27% em 2020 e 53,15% em 2021), e com as menores porcentagens em relação a todo o período estudado na população geral (53,59% em 2020 e 47,51% em 2021). Os maiores indicadores ocorreram, no caso de neonatos, no ano de 2015 (95,1%), sendo esse o único ano estudado no qual houve o cumprimento da meta estipulada pelo Ministério da Saúde, e, na população em geral, em 2016 (71,26%). Em suma, nota-se que a abrangência da vacinação contra a Hepatite B na região em questão foi insuficiente em comparação à cobertura vacinal considerada adequada pelo Ministério da Saúde, principalmente durante o período correspondente à pandemia ocasionada pelo vírus SARS-CoV-2. Sendo assim, é imperiosa a modificação desse quadro para a saúde da população da região metropolitana de Belém.

Palavras-chave

Cobertura Vacinal; Hepatite B; Doença Prevenível por Vacina; Brasil.

Área

Eixo 05 | Imunizações/ Saúde do viajante

Autores

Maria Fernanda de Almeida Cavalcante Aranha, Maria Elisa Leite Araújo, Amanda Fonseca Mesquita, Luma Beatriz Cavalcante Lopes, Thaynara Monteiro Paiva Garcia, Manuela Aires Pinheiro, Mariana Jorge Gonçalves, Isadora Rocha Rosa, Rita de Cássia Silva de Oliveira