Dados do Trabalho

Título

A PREVALÊNCIA DA TUBERCULOSE EM INDIVÍDUOS COM A SÍNDROME DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA NAS MACRORREGIÕES DO ESTADO DO PARÁ, BRASIL ENTRE 2020 A 2021

Introdução

A micobactéria Mycobacterium tuberculosis pode causar em seres humanos uma doença infectocontagiosa conhecida como tuberculose (TB), que possui altas taxas de prevalência no Brasil, sendo um grande problema de saúde pública. Dentre os fatores de risco mais significativos para a progressão e desenvolvimento de TB está a imunossupressão, como a causada pela doença da Síndrome da Imunodeficiência Humana (Aids), provocada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV).

Objetivo(s)

Analisar a associação da prevalência de TB/ HIV com a questão socioeconômica da população das macrorregiões de residência dos indivíduos do Estado do Pará.

Material e Métodos

Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo com delineamento retrospectivo. Foram utilizadas as seguintes fontes: casos de TB e HIV registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) no período de 2020–2021. Os dados de coinfecção TB/HIV foram considerados em relação à presença de Aids para o estudo, levando em conta que todos os casos notificados para tuberculose registrados no SINAN-TB tiveram o teste confirmado de HIV positivo. Também, foi feita uma análise referente ao quesito socioeconômico para o problema da coinfecção pelas patologias através de valores disponibilizados pelos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010 e Censo Demográfico da Imprensa Oficial do Estado (IOE) de 2018. As análises foram realizadas com o programa TabWin.

Resultados e Conclusão

A macrorregião I (1512) com maior contingente populacional, alto índice de TB em indivíduos com Aids e a maior renda domiciliar per capita em relação as demais macrorregiões. Portanto, a TB e a coinfecção por HIV têm sido associadas em muitos estudos a grupos mais vulneráveis socioeconomicamente, neste estudo, há associação entre o índice maior de possível agravamento da TB em regiões com maior renda média domiciliar per capita na população paraense, o que pode estar ligado com a maior desigualdade social, migração, pobreza e marginalização, mas também com a melhor infraestrutura para diagnóstico. Logo, os fatores de risco para progressão e desenvolvimento de TB são envoltos em fatores ambientais, como a questão da renda e presença de Aids. Com tudo, houve no presente estudo uma associação que precisa ser mais bem avaliada sob o quesito socioeconômico para a macrorregião I sob uma perspectiva individual dos casos, visto que a menor renda também impacta na adesão e aplicação do tratamento.

Palavras-chave

Tuberculose; Vírus da imunodeficiência humana; Ambiente socioeconômico.