Dados do Trabalho
Título
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE SÍFILIS CONGÊNITA DURANTE O PERÍODO DE 2016 A 2021 NO BRASIL
Introdução
A sífilis congênita é uma doença infectocontagiosa causada pelo Treponema pallidum, bactéria gram negativa do tipo espiroqueta, e transmitida via transplacentária ou durante o trabalho de parto por meio do contato do recém-nascido com possíveis lesões no canal do parto. A transmissão pode ocorrer durante toda a gestação e é prevenível se diagnosticada e tratada durante o pré-natal.
Objetivo(s)
Dessa forma, este trabalho tem como objetivo realizar uma avaliação do perfil epidemiológico dos casos de sífilis congênita no Brasil no período de 2016 a 2021.
Material e Métodos
Realizou-se um estudo descritivo, retrospectivo e quantitativo com base nos dados secundários fornecidos pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), do Departamento de informática do SUS (DATASUS). As informações coletadas foram armazenadas e tabuladas no programa Microsoft Office Excel™.
Resultados e Conclusão
Entre os 130.961 casos encontrados após análise do período avaliado, encontram-se os anos de 2017 com 25.039 casos (19,11%), 2018 com 26.548 casos (20,27%) e 2019 com 24.355 casos notificados (18,59%), sendo os 3 anos mais incidentes do período analisado. A região com maior quantidade de notificações de casos de sífilis congênita foi a região Sudeste, com 57.420 casos (43,84%), seguida pela região Nordeste, com 36.880 casos (29,16%). Ademais, foi identificado que pacientes cujas mães não realizaram pré-natal corresponderam a 16.730 casos notificados (12,77%). Outrossim, sexo feminino (47,36%) e a faixa etária de até 6 dias de vida (94,84%) são as variáveis epidemiológicas mais acometidas. Após avaliação dos casos notificados, notou-se que 1.709 casos notificados (1,30%), evoluíram para óbito.
Portanto, observa-se que no período em questão, ocorreu uma concentração de casos nas regiões sudeste e nordeste, as quais, quando somadas, atingem valores maiores que o total das demais regiões. Isso atesta a necessidade da intensificação de medidas preventivas nessas áreas. Além disso, 12,77% dos casos notificados são referentes a gestantes que não realizaram pré-natal. Logo, um quantitativo possivelmente modificável ao realizar o aumento da abrangência do pré-natal, pois as parturientes teriam acesso ao teste para a doença e a profilaxia adequada, o que evitaria o desenvolvimento da sífilis congênita.
Palavras-chave
Perfil Epidemiológico; Sífilis Congênita; Nível de Saúde.
Área
Eixo 11 | Infecções causadas por bactérias
Categoria
NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador
Autores
LUANA CASTANHEIRA DE FARIA, NATALIA VELLOSO DA SILVA SILVA, RAQUEL DO VALE TRINDADE, JOSÉ WILKER GOMES DE CASTRO JR, PEDRO ARTHUR RODRIGUES DE OLIVEIRA, BEATRIZ SIEMS THOLIUS, LAURA COUTINHO VIANA, MARIA LUIZA SANTOS DA CUNHA, MARIA CLARA HOLLANDA CECIM, THANAIRA AICHA FERNANDES MACIEL, MÁRIO ROBERTO TAVARES CARDOSO DE ALBUQUERQUE