57º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical

Dados do Trabalho


Título

Internações por asma e Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica no período pré-pandêmico e pandêmico.

Introdução

Asma e Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), estão entre as doenças mais comuns no Brasil, e possuem como fatores de risco a poluição ambiental, tabagismo, alérgenos, agentes ocupacionais e doenças respiratórias infecciosas que podem desencadear casos graves que necessitam de hospitalização.

Objetivo(s)

Descrever o perfil epidemiológico e o custo das internações por Asma e DPOC no período pandêmico (2020-2021) e pré-pandêmico (2018-2019).

Material e Métodos

Estudo descritivo do número de internações por Asma e DPOC no período pandêmico (2020-2021) e pré-pandêmico (2018-2019) através dos registros do Sistema de Informações Hospitalares do Datasus/Ministério da Saúde. Os dados foram tabulados no Tabwin por meio dos códigos do CID-10 J45 (Asma) e J44 (DPOC), tratados no Microsoft Acess e analisados no Microsoft Excel. Foram utilizadas como variáveis de análise a faixa etária (<1, 1 a 4, 5 a 14, 15 a 24, 25 a 34, 35 a 44, 45 a 54, 55 a 64 e 65 ou mais anos), sexo (feminino e masculino) e custo total da internação.

Resultados e Conclusão

O número de internações por asma e DPOC no período pré-pandêmico e pandêmico caiu 39,1%, sendo mais expressivo entre menores de 24 e maiores de 55 anos (tabela 1). Os custos totais de internações somaram R$
267.191.601,02 reais entre 2018 e 2019 e caíram para R$ 179.496.136,88 reais entre 2020 e 2021. Isso representa uma diminuição do gasto com internações por estas condições de 32,8%, ou R$ 87.695.464,14 reais. Ambos os sexos apresentaram queda nas internações, sendo que a redução percentual foi maior entre mulheres (40,7%) do que entre homens (37,5%). Nos dois períodos analisados as internações foram mais frequentes entre os homens, com aumento de 50,68% para 52%. Evidências apontam que medidas sanitárias adotadas para conter a transmissão do coronavírus durante o período de emergência sanitária são eficazes na redução da transmissão de outras infecções respiratórias que atuam como fatores de risco para o agravamento causado por doenças crônicas respiratórias como asma e DPOC, contribuindo para a diminuição da hospitalização por estas condições. Outros fatores de impacto são as mudanças na qualidade do ar, contato dos indivíduos com DRC com alérgenos e produtos ocupacionais, mudanças na prevalência de tabagismo e diminuição da procura por hospitais e serviços de saúde por questões não relacionadas à Covid-19 no período da pandemia.

Palavras-chave

Doenças Respiratórias, Doenças Crônicas, Fatores de Risco, Covid-19.

Área

Eixo 09 | COVID-19

Autores

Larissa Otaviano Mesquita, Ellen de Cassia Dutra Pozzetti Gouvea, Patrícia Pereira Vasconcelos de Oliveira