57º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical

Dados do Trabalho


Título

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE PARALISIA FLÁCIDA AGUDA DURANTE O PERÍODO DE 2016 A 2021 NO BRASIL

Introdução

A Paralisia Flácida Aguda (PFA) é uma síndrome composta por arreflexia, hipotonia, alterações de despolarização que geram espasmos musculares e que podem cursar com atrofia muscular. Entre suas causas estão Poliomielite, síndrome de Guillain-Barré e mielite transversa aguda. Atualmente, tem-se como caso suspeito, todo quadro de deficiência motora flácida, de início súbito em pessoas menores de 15 anos, independente da hipótese diagnóstica de poliomielite, sendo de notificação obrigatória ao SINAN (Sistema de Informação de Agravo de Notificação).

Objetivo(s)

Dessa forma, este trabalho tem como objetivo realizar uma avaliação do perfil epidemiológico dos casos de paralisia flácida aguda no Brasil no período de 2016 a 2021.

Material e Métodos

Realizou-se um estudo descritivo, retrospectivo e quantitativo com base nos dados secundários fornecidos pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), do Departamento de informática do SUS (DATASUS). As informações coletadas foram armazenadas e tabuladas no programa Microsoft Office Excel™.

Resultados e Conclusão

Entre os 2.257 casos encontrados após análise do período avaliado, encontram-se os anos de 2016 com 494 casos (21,88%), 2017 com 492 casos (21,79%) e 2018 com 520 casos notificados (23,03%), sendo os 3 anos mais incidentes do período analisado. A região com maior quantidade de notificações de casos de paralisia flácida aguda foi a região Nordeste, com 867 casos (38,41%) seguida pela região Sudeste, com 655 casos (29,02%). Ademais, foi identificado que pardos (50,28%), sexo masculino (56,84%) e a faixa etária de 10-14 anos (29,99%) são as variáveis epidemiológicas mais acometidas. Após avaliação dos casos notificados, notou-se que 43 casos notificados (1,90%) evoluíram para óbito e 543 (24,05%) obtiveram cura com sequelas. Assim, o estudo evidenciou um aumento de casos entre 2017, 2016 e 2018 respectivamente, que atingem especialmente o sexo masculino, pardos e a faixa etária entre 10 e 14 anos, com predomínio nas regiões Nordeste e Sudeste. Também é possível vislumbrar que as taxas de cura com sequelas foram maiores que as taxas de óbito nos anos citados. Dessa forma, faz-se imprescindível maiores averiguações para o esclarecimento dos fatos, além de um maior conhecimento dos fatores geográficos associados, para que planejamentos nas políticas públicas sejam mais eficazes.

Palavras-chave

Epidemiologia; Paralisia Infantil; Poliomielite.

Área

Eixo 14 | Outros

Autores

Giovana Fonseca Pontes, Lucas Sales Oliveira , Lais Solano Araújo da Silva , José Wilker Gomes de Castro , Pedro Arthur Rodrigues de Oliveira , Beatriz Siems Thoulis , Laura Coutinho Viana , Alessandra Andrade Falqueto , Ana Clara Silva Fernandes , Maria Eduarda dos Santos Lopes Vasconcelos, Mário Roberto Tavares Cardoso de Albuquerque