57º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical

Dados do Trabalho


Título

Levantamento de parasitoses intestinais em Dasyprocta aguti criadas em cativeiro na região metropolitana de Belem, Pará

Introdução

Objetivo(s)

Contribuir no conhecimento de enteroparasitas em Dasyprocta aguti, criadas em cativeiro na região metropolitana de Belém, Pará.

Material e Métodos

Foram analisadas amostras fecais de 25 espécimes de Dasyprocta aguti. Os animais foram colocados em gaiolas individuais, sendo as fezes coletadas diretamente de bandejas. Foi utilizado o Método Formol-Éter-Ritchie para a pesquisa de Cryptosporidium e Isospora beli. Para a análise de larvas, ovos, cistos e oocistos foram utilizados os métodos de Willis-Mollay e Baermann modificado.

Resultados e Conclusão

A análise em Dasyprocta sp. foi observado a prevalência do parasito S. stercoralis (33%), em seguida T. trichiura (19%); G. lamblia (17%); Ornithobilharzia sp. (8%); Endolimax nana (6%). Para Hymenolepis nana e Ancilostomideos se obtiveram 3% respectivamente, sendo 14% os resultados negativos. Analisando a ocorrência de infecção mista, constatou-se a mesma percentagem, 13% para os casos de S. stercoralis/G. lamblia e S. stercoralis/E. nana, respectivamente. A análise e verificação em todas as amostras fecais analisadas foram negativas para o Cryptosporidium sp. e Isospora beli. Ao se analisar os dados de Dasyprocta sp. foi observado as amostras em 25 indivíduos a ocorrência de S. stercoralis em 33%; em seguida T. trichiura (19%); G. lamblia (17%); Ornithobilharzia sp (8%); Endolimax nana (6%); Hymenolepis nana e Ancilostomideos obtiveram (3%). Para negatividade se obteve 14% representados por 5 animais. O agente Hymenolepis nana é uma espécie cosmopolita, encontrada em ratos, onde se deve considerar o rato como um reservatório potencial na transmissão. O agente Hymenolepis nana e também Hymenolepis diminuta, se desenvolvem em roedores sinantrópicos, podendo infectar o homem e outras espécies de roedores também. Ao analisar a ocorrência de infecção mista, se constatou a mesma percentagem para os casos de S. stercoralis/G. lamblia e S. stercoralis/E. nana, os quais obtiveram 13% respectivamente. Assim como ocorre em A. paca, os espécimes Dasyprocta sp. passam por vermifugações periódicas, são divididos em casais por baias, sendo observadas exceções, na qual animais são isolados em jaulas suspensas acima de jaulas ocupadas por outros espécimes, o que favorece uma infecção devido ao fluxo de excrementos e restos alimentares que caem quando se efetiva a lavagem das jaulas. A identificação de ovos do gênero Ornithobilharzia sp. fora um acontecimento inusitado. Haja vista que esse parasita é comum em aves selvagens.

Palavras-chave

Dasyprocta aguti; nematóides; Amazônia

Área

Eixo 07 | Helmintíases

Autores

Zaira Daher Sá, Washington Luiz Assunção Pereira, Gilliard Costa Rodrigues, Vitória Nogueira Monteiro, Vytória Sanches Oliveira, Marcella Katheryne Marques Bernal