Dados do Trabalho

Título

Avaliação da Vigilância de Epizootias na Saúde Pública no Brasil 2011 a 2020

Introdução

Epizootia é um evento de saúde pública definida pela doença ou morte de animais, que podem vir a representar riscos à saúde humana. A vigilância animal em primatas não humanos, cães, gatos, animais de produção e animais silvestres representam uma importante ferramenta para a prevenção de zoonoses.

Objetivo(s)

Descrever as notificações de epizootia de relevância para a Saúde Pública no Brasil.

Material e Métodos

compreende um estudo descritivo retrospectivo das notificações de epizootias de acordo com a espécie animal, lugar e tempo, no Brasil, 2011 a 2020.

Resultados e Conclusão

Resultados: foram notificadas 85.735 epizootias. A espécie animal com maior número de notificações foram os primatas não humanos 22.192 (26,43%), seguidos dos caninos 21.626 (25,75%), felinos 21.604 (25,73%) e morcegos 15.436 (18,38%). A doença com maior número de suspeitas foi a raiva 32.311 (41,1%), seguida de outras doenças 28.224 (35,9%) e Febre Amarela 17.915 (22,79%). A partir de 2017, houve um aumento nas notificações de epizootias, predominando a Febre Amarela em primatas não humanos, raiva em morcegos em áreas urbanas e esporotricose nos felinos. O estado com mais notificações foi o Rio de Janeiro 24.695 (28,8%), seguido de São Paulo 21.167 (24,69%), Paraná 10.586 (12,35%) e Minas Gerais 8.034 (9,37%). As notificações predominaram nas zonas urbanas 68.104 (81,12%) e envolviam os ambientes domiciliares 61.217 (75,03%). Conclusão: Houve o aumento das notificações de epizootias de relevância para a Saúde Pública no Brasil. O monitoramento dessas epizootias pode ser utilizado como preditor para tomadas de decisão na Vigilância em Saúde. Faz-se necessário novos estudos para melhor entendimento da esporotricose felina e questões ambientais relacionadas às epizootias de raiva em morcegos nas áreas urbanas.

Palavras-chave

Epizootia; Vigilância animal; Saúde pública; Vigilância epidemiológica