Dados do Trabalho

Título

Síndrome Pós-COVID-19 na região metropolitana de Belém: dados epidemiológicos e prevalência dos sinais e sintomas durante a doença ativa e no Pós-Covid-19.

Introdução

A Covid-19, causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, foi identificada pela primeira vez na China, em dezembro de 2019. Em 11 de março de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia. O estado do Pará apresentou uma grande propagação do SARS-CoV-2 e os pacientes têm relatado uma enorme diversidade de sintomas persistentes ou novos desenvolvidos depois da cura da doença. As complicações de saúde consequentes da COVID-19 ainda são pouco conhecidas.

Objetivo(s)

O objetivo desse estudo foi descrever as características epidemiológicas dos pacientes com Síndrome Pós-COVID-19 e a prevalência dos sintomas relatados por eles no período da doença e pós doença.

Material e Métodos

O estudo foi desenvolvido no Núcleo de Medicina Tropical (NMT) da Universidade Federal do Pará sendo selecionados 200 pacientes que apresentavam Síndrome pós-COVID-19. Para obtenção dos dados epidemiológicos foi utilizado um formulário padrão. Todos os participantes do estudo foram atendidos em consultas com profissionais da saúde e médicos especialistas, sendo efetuado a anamnese; com a verificação dos principais sinais e sintomas apresentados pelos pacientes durante a COVID-19 e os sintomas persistentes ou novos que surgiram no pós-COVID-19. Esse estudo foi aprovado no comitê de ética do NMT-UFPA.

Resultados e Conclusão

A respeito do perfil epidemiológico dos participantes: o sexo feminino prevaleceu com 78%, a faixa etária mais frequente foi de 50 a 59 anos de idade, o estado civil prevalente foi de pessoas casadas ou em união estável com 44,5%, a cor de pele predominante foi a parda (61%), a renda mensal mais recorrente foi de 1 salário mínimo com 54%, o índice de tabagismo foi de 5% e do etilismo foi de 44%. Quanto aos sinais e sintomas durante e após a infecção pelo SARS-CoV-2, foi observado que durante a fase ativa da doença se destacou a tosse (79,5%), a fadiga (79,5%), a dor muscular (73%) e a dor de cabeça com 71%. Em contrapartida, os sinais e sintomas mais prevalentes na pós-COVID-19 foram a perda de memória (64%), a fadiga (60,5%), perda de concentração (55%), queda de cabelo (54%) e dor muscular (51,5%). Conclusão. Os resultados desse estudo estão melhorando o conhecimento sobre as sequelas desenvolvidas devido à doença na comunidade de Belém. Bem como, na estruturação de serviços de saúde para acompanhamento dos pacientes no período pós-COVID-19.

Palavras-chave

Síndrome Pós-COVID-19, Belém-PA, Epidemiologia.