Dados do Trabalho

Título

INFECÇÃO POR COVID-19 DURANTE A GESTAÇÃO: MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS E COMORBIDADES

Objetivo(s)

Descrever as manifestações clínicas e comorbidades relacionadas a COVID-19 em mulheres no período gravídico em município do Sul Maranhense.

Material e Métodos

Pesquisa descritiva com abordagem quantitativa, a partir dos casos notificados entre maio de 2020 a outubro de 2021. As informações foram obtidas por meio da vigilância epidemiológica no município de Imperatriz-MA e Sistema de Informação de Agravos de Notificação-SINAN. Foram incluídas todas as gestantes com diagnóstico laboratorial reagente/detectável para COVID-19, além dos casos notificados por critério clínico, constando de dois ou mais sinais/sintomas. As gestantes notificadas em duplicidade foram exluídas. Este estudo teve aprovação do CEP UFMA sob o nº 4.754.078.

Resultados e Conclusão

Foram notificadas 681 gestantes com suspeitas de COVID-19 no período, porém as que tiveram diagnóstico comprobatório ou apresentavam critérios clínicos compatíveis com protocolo de notificação foram 313, sendo 101 casos no ano de 2020 e 212 no ano de 2021. Foram realizados 515 testes e 156 foram reagentes/detectáveis, sendo 72 (46,15%) de teste rápido de antígeno, 59 (37,82%) teste rápido anticorpo - IgG, 11 (7,05%) teste rápido anticorpo-IgM, 1 (0,64%) teste sorológico IgM e 13 (8,33%) teste RT- PCR. Das 313 gestantes, 246 (78,6%)tinham a faixa etária entre 18 e 35 anos, o que chama a atenção para mulheres gestantes jovens. No que diz respeito à sintomatologia,. E os problemas respiratórios agudos foram acompanhados de dois ou mais sintomas e os que tiveram maior destaque foram dispnéia (33,23%), dor de garganta (44,09%), febre (46,09%) e tosse (59,74%). As assintomáticas somaram 14 (4,47%) dos casos. Acerca das comordidades, 18 pacientes apresentam algum fator que oferece risco à saúde. As condições que mais apareceram foram diabetes e doenças respiratórias crônica descompensada com com um total de 6 (1,92%) dos casos. As doenças cardíacas crônicas, doenças renais crônicas em estágio avançado e imunossupressão tiveram respectivamente 1 (0,32%) e portador de doenças cromossômicas ou estado de fragilidade imunológica 2 (0,64%). Conclusão: Os dados indicam a importância de testar e diagnosticar a COVID-19 em mulheres gestantes por conta dos riscos já relatados na literatura científica, como mortes maternas e abortos espontâneos. Além disso, intensificar as estratégias de enfrentamento da doença, com ações que promovam a promoção e recuperação da saúde.

Palavras-chave

Gestantes. COVID-19. Epidemiologia.