Dados do Trabalho
Título
Aglomerados de risco para infecção por covid-19 nas Unidades Federadas do Brasil: uma análise espaço-temporal entre 2020 e 2022.
Objetivo(s)
Identificar os aglomerados espaço-temporais de covid-19 nas Unidades Federadas (UF) brasileiras desde o primeiro caso confirmado da doença no Brasil.
Material e Métodos
Estudo do tipo ecológico com dados de domínio público da covid-19, notificados pelo Ministério da Saúde no Painel Coronavírus Brasil. Foi realizada uma varredura espaço-temporal considerando como unidade territorial de análise (UTA) das 27 UF e os casos de covid-19 por mês de notificação, entre fev/2020 e jul/2022. As análises tiveram ajuste por número de habitantes residentes em cada UTA de análise, conforme projeções populacionais do IBGE. Os aglomerados espaço-temporais identificados e com valores estatisticamente significativos (p<0,05) apresentaram Risco Relativo (RR) para a ocorrência de casos. As análises foram conduzidas no SatScan v10.1 e QGIS v3.18.3.
Resultados e Conclusão
Com base nos dados diários informados pelas Secretarias Estaduais de Saúde (SES) ao Ministério da Saúde, até o dia 31 de julho de 2022, foram confirmados 33.833.900 casos de covid-19, sendo que no ano de 2020 foram confirmados 7.675.973 casos, em 2021 14.611.548 e em 2022 11.546.379. Foram identificados 6 aglomerados significativos, sendo dois de risco e quatro de proteção. Até o dia 31 de julho de 2022, nos clusters de risco, foram observadas 13 UF (AM, RO, RR, AC, PA, MT, AP, TO, MS, GO, MA, DF e PI) com RR=2,71 e taxa de incidência de 10,2 por cem mil habitantes no período de jun/20 a ago/21; 2 UF (AL e SE) com RR=2,92 e taxa de incidência de 12,7 por cem mil habitantes no período de mar/20 a mai/21. Em contrapartida, nos clusters de proteção, foram observadas 6 UF (SC, PR, RS, SP, MG e BA) que tiveram RR<1, compreendendo o período de fev/20 a mai/21. Os aglomerados de risco localizados no Norte, Centro-Oeste e algumas UF do Nordeste, indicam locais de maior chance de infecção pela covid-19, em comparação com outras localidades do país. Destaca-se que este maior risco ocorreu entre mar/20 e ago/21, o que não significa a ausência de risco em outros períodos, mas que na respetiva metodologia aplicada, estes foram os meses e locais que se identificaram riscos excedentes entre as UF. Por fim, perante estes resultados, é importante analisar quais os fatores que influenciam o risco heterogêneo entre as UF.
Palavras-chave
covid-19, análise espacial, estudo ecológico, epidemiologia, aglomerado, análise de risco
Área
Eixo 09 | COVID-19
Categoria
(Concorra com apenas um trabalho) Concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador - Graduado
Autores
Wanderley Mendes Junior, Luiz Henrique Arroyo, Alesandro Igor Silva Lopes, Plinio Tadeu Istilli, Ludmila Macêdo Naud, Hellen Kassia Rezende Silva, Talita Gomes Silva Batista, Narmada Divina Fontenele Garcia, Greice Madeleine Ikeda do Carmo