57º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical

Dados do Trabalho


Título

DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DA ESQUISTOSSOMOSE NA REGIÃO METROPOLITANA DE BELÉM, NO ESTADO DO PARÁ, BRASIL.

Introdução

A Esquistossomose é uma doença parasitária causada por um platelminto da espécie Schistosoma mansoni, com transmissão mediada por caramujos principalmente da espécie Biomphalaria glabrata. Tendo grande difusão em áreas tropicais.

Objetivo(s)

Analisar a distribuição espacial da Esquistossomose na região metropolitana de Belém no Estado do Pará, entre 2008 e 2017.

Material e Métodos

Neste estudo transversal e ecológico foram foram obtidos no Sistema de Informações de Agravos de Notificação, do Ministério da Saúde e os cartográficos e demográficos no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. A unidade espacial de análise foi a Região Metropolitana de Belém, composta pelos municípios de Ananindeua, Belém, Benevides, Castanhal, Marituba, Santa Bárbara do Pará e Santa Izabel do Pará. Para a análise descritiva dos dados foram realizados cálculos percentuais e o teste estatístico não paramétrico qui-quadrado de proporções esperadas iguais com significância de 0,05%, utilizando o programa Bioestat 5.4. Na análise da distribuição espacial foi realizado um mapa coroplético, utilizando o software Arcgis 10.5.1.

Resultados e Conclusão

RESULTADOS: Foram analisados 52 casos de Esquistossomose distribuídos nos 7 municípios da região de estudo. O perfil epidemiológico evidenciou a maior ocorrência da doença em indivíduos do sexo masculino (69,23%), com idade entre 20 e 59 anos (65,38%), com ensino fundamental incompleto (42,31%) e evolução ignorada (94,23%). Foi observado que a distribuição da doença ocorreu de forma não homogênea, sendo que os municípios apresentaram os seguintes gradientes de casos: muito baixa em Santa Bárbara do Pará, baixa em Santa Izabel do Pará e Benevides, moderada em Castanhal, alta em Belém e Marituba e muito alta em Ananindeua. CONCLUSÃO: O perfil epidemiológico corrobora com o padrão de acometidos nacionalmente, o qual apresenta indivíduos adultos do sexo masculino como os mais afetados pela doença, principalmente em áreas com significativo déficit de saneamento básico e serviços assistenciais de saúde, ademais da baixa escolaridade, dificultando o acesso às informações sobre a importância de não entrar em contato direto com os caramujos e com reservatórios hídricos que abriguem esses hospedeiros intermediários. Desse modo, cabe ressaltar a atuação dos sistemas de saúde, infraestrutura urbana e educação para a prevenção da doença.

Palavras-chave

Esquistossomose, Doença parasitária e Região Metropolitana de Belém.

Área

Eixo 01 | Ambiente e saúde

Autores

Mateus Almeida Castro, João Vitor Santos Benjamin, Kevellen Bezerra Ribeiro, Jonatan Carlos Cardoso Silva, Bruna Costa Souza, Nelson Veiga Gonçalves, Claudia Socorro Carvalho Miranda, Lucas Araújo Ferreira